Redação SI (22/11/05) – A Associação de Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat) vai discutir no próximo dia 25, durante a programação do Seminário Anual de Suinocultura, a implantação do Plano Estadual para Controle e Erradicação da Doença de Aujeszky. Representantes do Instituto de Defesa Animal (Indea), da Delegacia Federal de Agricultura (DFA), do Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), e de outras instituições, foram convidados e vão analisar a proposta elaborada pelo Ministério da Agricultura, a partir das 9h45, no Hotel Fazenda Mato Grosso, em Cuiabá (MT).
A doença de Aujeszky é considerada risco para toda produção suinícola do País e, caso venha a contaminar plantéis, vai gerar embargos comerciais para o Brasil, conforme explica o presidente da Acrismat, Raulino Teixeira Machado.
De acordo com o fiscal federal agropecuário do Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS) do Mapa, Abel Ricieri Neto, a discussão vai girar em torno da nova legislação elaborada este ano pelo corpo técnico do Ministério para controlar e erradicar a Doença de Aujeszky (DA). Além de normas, essa Instrução Normativa do Mapa também aprova o Plano de Contingência que orienta passo-a-passo as ações a serem tomadas pelo serviço veterinário oficial para saneamento de focos da doença.
As atividades coordenadas para a erradicação da DA em um Estado serão implementadas após a adesão voluntária do serviço veterinário oficial do Estado, mediante a elaboração de um Plano Estadual para Controle e Erradicação da DA que será submetido à aprovação pelo Departamento de Saúde Animal do Mapa.
O Estado que tiver interesse em participar, deve solicitar ao Ministério a realização de um inquérito soroepidemiológico para o conhecimento da situação epidemiológica local em relação a DA. De posse desses resultados, o Estado irá propor a estratégia de atuação mais adequada.
Porém, detalha Abel, para implantar esse Plano Estadual, algumas condições específicas devem ser atendidas pelo Estado, como a existência de um comitê estadual de sanidade suídea atuante, de fundos públicos ou privados para financiamento do Plano e indenização de proprietários de suídeos atingidos pelas medidas sanitárias e existência de laboratório público no próprio estado ou região apto a ser credenciado pelo Ministério para a realização dos exames sorológicos e virológicos.
A doença é causada por um herpesvírus que tem como importante característica capacidade de permanecer em estado de latência, condição esta que torna o animal uma fonte de disseminação viral durante toda a vida. O vírus possui uma ampla variedade de hospedeiros, porém, os suídeos são os únicos naturais. Animais silvestres podem estar infectados e servir de reservatório. A DA é caracterizada por alta mortalidade na maternidade, abortos e porcentagem variável de animais com sinais nervosos e respiratórios na creche, recria, terminação e gestação.