Redação SI 26/09/2005 – Apesar de quase totalidade do rebanho suíno brasileiro ser criado em zonas livres de febre aftosa com vacinação, ainda há restrições às exportações do produto e seus derivados. Segundo o coordenador de Combate a Doenças do Ministerio da Agricultura, Jamil Gomes de Souza, “colocam como restrição o sistema de defesa sanitária relacionado à aftosa.” Ásia, Europa e EUA – também grandes produtores e exportadores do produto – impõem barreiras por causa da concorrência, revela. “É uma desculpa, pois todas as regiões produtoras têm mais de cinco anos do último foco. Mas ainda exigem que esses suínos tem de ser procedentes de áreas que não vacinam.” O Brasil tem desenvolvido sistemas de controle e negociações para retirada das barreiras. Souza afirma, porém, que há verba limitada para repassar aos estados. “Sempre faltam recursos para aplicar nos serviços de defesa animal.” Este ano, o orçamento destinado ao controle da aftosa teve 70% da verba contingenciada.
O diretor do Departamento de Inspeção do Mapa, Nelmo Costa, garante que a área está preparada para atender às exigencias dos mercados consumidores. “Na hora em que liberar a exportação de carne ou derivados de suinos à UE, por exemplo, os frigorificos tem condições de se ajustar rapidamente para atender à legislação.” Apesar das barreiras, dados da Abipecs indicam que as exportações brasileiras de carne suína totalizaram, entre janeiro e agosto deste ano, 417,2 mil toneladas, aumento de 26,62% sobre igual periodo de 2004. A meta do setor é exportar, em 2005, 600 mil t, gerando receita de 1 bilhão de dólares.