Da Redação 12/09/2005 – Representantes do Brasil e de cerca de 20 embaixadas, entre as quais Alemanha, Áustria, Suíça, Inglaterra, Itália, Uruguai, Argentina, Chile, México, Irã e Japão, reuniram-se na última quinta-feira (08/09) pela manhã na sede do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) para discutir a estruturação técnica da II Conferência Internacional de Rastreabilidade de Produtos Agropecuários.
A conferência acontecerá em abril de 2006 no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília. O foco principal do evento será a segurança alimentar com sustentabilidade ambiental, considerando elementos como a água, o ar, o solo, a biodiversidade e tendo a qualidade como paradigma
Promovido pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a reunião desta quinta-feira no IICA debateu o intercâmbio comercial a partir do levantamento de players internacionais com interesse nos produtos do agronegócio brasileiro e vice-versa. “Estamos fazendo este intercâmbio para identificar processos de empreendedorismo, cooperação técnica e científica, joint ventures, entre outros”, explicou o consultor do Sistema de Produção Integrada do Mapa, Joaquim Naka.
Entre os parceiros da II Conferência Internacional de Rastreabilidade estão o Ministério da Ciência e Tecnologia, o IICA, o Banco do Brasil, o BNDES, o Governo do Distrito Federal, por meio das secretarias de Turismo e Agricultura, o Grupo Campo e o Consórcio Agrobiz, que atua na área de comunicação integrada. Além disso, conforme Joaquim Naka, o Global Food Trade Fórum, um dos eventos paralelos da conferência, vai trabalhar fortemente no inter-relacionamento comercial dos países participantes. “Sabemos que cada mercado tem suas próprias exigências quanto às características dos alimentos, como cor, sabor e tamanho. Por meio de joint ventures o produto deverá ser comercializado de acordo com a necessidade de cada mercado”, acrescentou.
O consultor disse ainda que será discutida durante a conferência a questão de investimento em infra-estrutura, com desenvolvimento de projetos de parceria na parte de processamento e logística, por exemplo. Um dos objetivos é introduzir nos sistemas produção procedimentos que visem a certificação. Segundo Naka, hoje no Brasil o setor de frutas é o único com produção certificada por meio do Sistema de Produção Integrada.
De acordo com o consultor, a produção integrada de frutas levou o setor a ganhar espaço no mercado externo. “No fim dos anos 90, o Brasil era importador de frutas, e hoje, com a certificação, o País é exportador de maçã, uva, manga, melão, banana, caju, goiaba, pêssego e papaia”. No total, são 15 itens de fruticultura na produção integrada. O grande pólo exportador é o Vale do São Francisco.
A idéia do Mapa agora é estender a produção integrada para os setores de carne, grãos e hortaliças.