Redação AI 31/08/2005 – A cadeia produtiva de aves e os governos dos três estados da região Sul devem fechar questão já em setembro sobre o estabelecimento de um Circuito Sanitário Avícola na região. A proposta, discutida ontem no Seminário de Defesa Sanitária Animal, realizado na Expointer, será construída após encontro, hoje em Esteio, da Comissão Permanente de Agricultura do Codesul, e amanhã, no Fórum dos Secretários de Agricultura. “Reuniremos todos os dirigentes de departamentos de Fiscalização e Defesa Agropecuária para que possamos bater o martelo o quanto antes. Por nossa vontade, faríamos nos próximos meses;”, assegurou o secretário da Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti.
“A visão de regionalização é apenas estrutural, pela redução de área”, ressalta o secretário da Agricultura do RS, Odacir Klein. Segundo o secretário da Agricultura de SC, Moacir Sopelsa, a proposta do setor catarinense é implantar um circuito para cada estado. “Mas, para caminharmos com maior urgência e até que cada estado coloque a sua estrutura, a proposta é unificar a região Sul”. A instalação de corredores sanitários para o trânsito entre as demais unidades da federação garantiria maior segurança. “O problema não são tanto os animais, mas os veículos que vão para uma região com maior padrão sanitário como o nosso e podem trazer enfermidades”, explica Pessutti. O propósito é desenvolver zoneamento avícola como forma de prevenir que as doenças se disseminem. Nesse sentido, os três secretários rejeitam a idéia de integrar as aviculturas de São Paulo e Mato Grosso do Sul. “Seria uma área muito grande, quase como dez países da Europa somados”, esclarece Sopelsa.
Além disso, afirma Pessutti, a avicultura desses estados atua de forma independente e não integrada a cooperativas e indústrias como na região Sul. “Isso poderia dificultar o trabalho de estabelecimento de um circuito de sanidade avícola.” Sopelsa defende que o Ministério da Agricultura dê o sinal verde. “O Mapa precisa andar mais rápido. Na União Européia, a gripe do frango caminha rapidamente. Temos de nos preocupar com isso e ter mais cuidado.”