Redação AI 30/08/2005 – Visando aumentar a renda do produtor rural, a prefeitura de Quatro Barras, por meio da secretaria de Meio Ambiente e Agricultura, está desenvolvendo o programa Frango Colonial que tem por objetivo criar novas oportunidades de trabalho e de negócios, viabilizando a agricultura, em especial a de caráter familiar.
Na última quinta-feira (25), durante visita aos cinco produtores que fazem parte do programa, o prefeito Roberto Adamoski frisou que este tipo de criação não agride o meio ambiente. Segundo ele, tal fato é determinante à manutenção do programa, já que o município é considerado área de preservação ambiental.
Além dos cinco produtores que já participam atualmente do programa, mais cinco trabalhadores também deverão ser integrados nesta terça-feira (30). De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Agricultura, Eliseu Agenor Grigolo, todo mês, cinco novos produtores serão inscritos. “A nossa intenção é atingir, até dezembro, 20 criadores, mas nada impede que este número seja ampliado”, disse o secretário.
Para os produtores que fazem parte do programa, a criação de frangos é um bom negócio. “Quero aumentar a minha renda familiar com ajuda do programa”, contou o produtor rural Irineu de Paula. O mesmo otimismo é defendido pelo produtor Pedro dos Santos Pereira. “Espero que o negócio cresça para que eu tenha mais uma fonte de renda”, disse animado.
Para participar do Frango Colonial, os produtores selecionados tiveram que cumprir algumas exigências, entre elas, participar de um treinamento sobre criação de frangos, ofertado pela prefeitura.
“Queremos fazer com que o produtor ande com suas próprias pernas, dando suporte para que ele dê continuidade ao programa dentro da sua propriedade”, disse Grigolo.
A prefeitura já entregou mil pintainhos (filhotes de frangos) aos inscritos, cerca de 200 para cada produtor, que poderá aumentar a sua produção de acordo com a evolução da criação. Os animais são da linhagem Embrapa 041 – um frango de corte tipo colonial para criações semiconfinadas e agroecológicas, atendendo a normas determinadas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A maneira como é criado um frango colonial e sua composição genética fazem com que a pele se torne mais pigmentada (amarela), a carne seja menos gordurosa, mais saborosa e mais consistente, não se desmanchando na hora de cozinhar.
As instalações feitas para a criação de frangos foram construídas por meio de uma parceria entre o governo do Estado, que destinou os recursos através do programa Paraná 12 Meses, e a prefeitura, que subsidiou a mão-de-obra.
Segundo Grigolo, a continuidade e o progresso do programa dependem também da criação de um abatedouro, que dará ao produtor uma outra forma de comercialização do frango. “Por se tratar de uma área de preservação ambiental, o município possui algumas restrições em relação à construção de um abatedouro”, disse o secretário. Um grupo de produtores e funcionários da prefeitura já estão buscando, junto ao Estado, uma maneira de regulamentar o abatedouro. A intenção é fazer com que o produto chegue aos mercados, açougues, casas especializadas, restaurantes, feiras e exposições.