Redação SI 26/08/2005 – A Doença de Aujeszky é uma doença viral de suínos que traz prejuízos ao setor produtivo, ao mercado de reprodutores e à exportação. Em 2001 foi estimado um prejuízo ao setor suinícola de Santa Catarina de R$931.224,00 ao ano, desconsiderando-se o impacto negativo sobre o comércio de reprodutores e o mercado exportador. Por essa razão, a Embrapa Suínos e Aves, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento – Mapa, em parceria com produtores e outras instituições ligadas à suinocultura, iniciou em 2001 um programa de erradicação da doença de Aujeszky no Estado.
Atualmente o programa encontra-se em fase final de erradicação com mais de 95% dos rebanhos saneados, estando o restante em monitoria. “Esta fase final caracteriza-se por vigilância e rastreabilidade através de testes sorológicos de rebanhos repovoados e de rebanhos suspeitos, além da monitoria daqueles em estágio de erradicação por sorologia” – explica a pesquisadora Janice Zanella.
No processo de despovoamento e repovoamento, previsto no programa de erradicação, todos os plantéis repovoados são testados por sorologia para verificação da eficiência do processo e para certificar-se que essas granjas foram povoadas com suínos livres da infecção pelo vírus da doença de Aujeszky . Para alertar que medidas de vigilância devem permanecer ativas nesse período de controle e erradicação da doença de Aujeszky no Estado de Santa Catarina e que as ações precisam atender às normas sanitárias já estabelecidas, de modo a não comprometer o programa de erradicação, Janice Zanella, com a colaboração de outros pesquisadores, escreveu um comunicado técnico, onde descreve determinada situação sanitária para o vírus da doença de Aujeszky em granjas que receberam suínos de um mini-integrador sem certificação sanitária, que distribuía ilegalmente leitoas e leitões com finalidade de terminação para 40 integrados e que com essa atitude poderia ter comprometido os bons resultados já obtidos com a implantação do programa.
Os produtores de suínos em ciclo completo ou em unidade de produção de leitões jamais devem adquirir suínos de reposição ou outro qualquer de granjas que não tenham a certificação sanitária emitida pelo Mapa. Devem observar no documento que esta certificação tem validade de seis meses. A distribuição ou comércio de suínos de reposição, sem a certificação sanitária oficial pode ocorrer principalmente em mini-integrações. A pesquisadora sugere maior fiscalização e que todas as integrações de suínos tenham um veterinário responsável sanitário, que garanta o fluxo de animais entre os rebanhos, como forma de reduzir a disseminação de doenças.
“Se a Instrução Normativa Número 19 (IN-19) do Mapa que estabelece as normas sanitárias para comércio e distribuição de material genético não for devidamente cumprida, a DA pode recrudescer e tornar-se fora de controle como ocorria anteriormente ao desenvolvimento do Programa de Erradicação dessa doença”, alerta a pesquisadora.
Esse comunicado, de número 391, está disponível na íntegra, gratuitamente, na página eletrônica da Embrapa Suínos e Aves no endereço www.cnpsa.embrapa.br. Também é possível solicitar informações sobre esse assunto pelo e-mail [email protected], ou pelo telefone (49)3442.85.55.