Redação AI 29/03/2005 – Levantamentos epidemiológicos realizados em vários países situam as salmonelas entre os agentes patogênicos mais freqüentemente encontrados em surtos de toxinfecção de origem alimentar, tanto em países desenvolvidos, como em desenvolvimento. Este assunto, será apresentado no VI Simpósio Brasil Sul de Avicultura, que acontecerá de 5 a 7 de abril, no Bristol Lang Palace Hotel, em Chapecó.
O evento é promovido pelo Núcleo Oeste de Médicos Veterinários e cerca de 500 participantes entre profissionais veterinários, técnicos e dirigentes do setor são aguardados e participarão de 13 palestras técnicas sobre o setor avícola brasileiro e mundial.
A palestra “Salmonella Enteritidis: Controle, implicações em saúde pública e na qualidade dos produtos de origem avícola” será apresentada pelo professor adjunto de medicina de aves e diretor da Faculdade de Veterinária da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e do Centro de Diagnóstico e Pesquisa em Patologia Aviária (CDPA), Vladimir Pinheiro do Nascimento.
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O palestrante enfocará o histórico, incidência, distribuição da patologia no Brasil e no mundo; transmissão e mortalidade; prevenção e controle; problemas com saúde pública e as barreiras sanitárias e a necessidade de controle.
A ocorrência de Salmonella enteritidis no Brasil foi detectada pela primeira vez em galinhas, em 1989. Algumas Salmonelas (são mais de 2.500 sorotipos) podem produzir infecções em poedeiras, possibilitando assim a contaminação dos conteúdos dos ovos antes da postura. Água contaminada pode servir como fonte de transmissão, bem como inalação de pó, contaminação fecal de ração e água, e consumo direto de material fecal por aves jovens. Pode haver ainda transmissão direta para aves jovens, a partir de aves mais velhas que sejam portadoras crônicas e assintomáticas, bem como por botas, sacos de ração, caixas, bandejas e equipamentos de cria.
No Brasil, bibliografias apontam que os surtos por Salmonella enteritidis no homem tem aumentado a partir de 1993. Grande parte deles tem sido relacionada com o consumo de ovos ou pratos preparados com ovos. Humanos infectados (tratadores, funcionários do frigorífico, dejetos) podem infectar as aves tanto no lote como no processamento.
As condições de higiene no preparo dos alimentos como carne e ovos garantem a eliminação da bactéria.
Alimentos que são armazenados de forma inadequada, como congelar e descongelar varias vezes o produto, expor a temperaturas inadequadas a armazenagem interferem na qualidade microbiológica do alimento.
Inscrições
As inscrições para o Simpósio podem ser feitas através do site www.nucleovet.com.br, no escritório do Núcleo, telefone 49-329-1640, na rua Nereu Ramos, Edifício CPC, sala 405, centro Chapecó. O valor é de R$ 150 reais, sendo que no dia do evento sobe para R$ 180 reais. O pagamento pode ser feito via boleto bancário (acessado pela internet) ou diretamente no escritório.
