Redação SI 09/02/2005 – Uma missão brasileira deve partir na próxima semana para a Rússia com o objetivo de negociar a liberação das exportações brasileiras de carnes suína e bovina àquele país, embargadas desde setembro, devido a um foco de aftosa no Pará. Conforme o diretor-executivo do Sindicato da Produção Suína do RS (Sips), Rogério Kerber, foi encaminhado pedido ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior para que representantes da indústria gaúcha integrem a comitiva. “Ainda não há definição do ministério, mas acreditamos que seja viável”, declarou.
Segundo Kerber, o encontro esclarecerá dúvidas das autoridades sanitárias russas sobre o programa de imunização do rebanho nacional. “Essa foi uma das solicitações encaminhadas ao Brasil”. O setor está mais esperançoso, já que “a carne suína não é espécie portadora da doença, como os bovinos”. Kerber acredita que o governo russo esteja mais flexível, principalmente após a liberação das importações de frango, anunciada na sexta-feira . Os empresários aguardam ainda posicionamento da Procuradoria Geral do Estado (PGE) sobre a possibilidade de uma ação judicial contra o Ministério da Agricultura devido ao fato de Santa Catarina estar exportando normalmente. Com o embargo, Kerber estima perdas de R$ 20 milhões ao mês, um prejuízo acumulado que se aproxima de R$ 100 milhões. Na carne bovina, o reflexo é de R$ 2 milhões mensais.