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Frango agora com menos água

Indústrias goianas que trabalham com abate de frangos estão mais vigilantes quanto a adição de água.

Redação AI 18/02/2004 – 05h50 – As indústrias goianas que trabalham com abate de frangos estão mais vigilantes quanto a adição de água. Relatório técnico do Programa de Controle de Absorção de Água em Carcaças de Aves mostra que quatro abatedouros de Goiás e do Distrito Federal com Serviço de Inspeção Federal (SIF) apresentaram índices de água abaixo de 8%. O limite permitido e de 6%, de acordo com o Regulamento Técnico de Inspeção Tecnológica e Higiênico-Sanitário de Carnes de Aves. Acima de 8% o produto é apreendido.

As empresas alegam que ainda estão recuperando mercado depois da queda de até 15% nas vendas no fim do ano passado, por causa das denúncias de altos índices de água no frango. Em outubro, abatedouros, Procon-Goiás, Ministério Público e Ministério da Agricultura assinaram Termo de Ajustamento de Conduta para manter os índices dentro do permitido.

Para o chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Animal da Delegacia Regional do Ministério da Agricultura em Goiás (DFA-GO), Marcius Ribeiro de Freitas, com a assinatura do acordo, as indústrias com SIF procuraram se adequar, pois ficaram sujeitas a pesadas multas. “Só a multa do Ministério da Agricultura chega a R$ 25 mil, com interdição do estabelecimento”, alerta Freitas. O objetivo é estender o acordo para as indústrias com inspeção estadual.

Adalberto Lemos Lima, gerente de Recursos Humanos da Gale Agroindustrial, que apresentou índice de apenas 2,1% de água no frango, afirma que, com estes últimos resultados, as indústrias tentam recuperar mercado. As vendas caíram entre 8% e 15% no fim do ano passado, quando o normal é crescimento de 15% a 20% nesse período. “Agora, além da avaliação constante do Ministério da Agricultura, o próprio controle de qualidade das empresas está mais alerta com os índices. Além disso, recorremos a análises em laboratórios particulares para corrigir eventuais falhas”, garante.