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Foco de PSC não vai influenciar as exportações brasileiras

"Trata-se de um foco isolado, registrado fora da zona livre de peste suína clássica", diz presidente da ABCS.

Redação SI 08/07/2004 – 12h00 – A ocorrência do foco de Peste Suína Clássica (PSC) no Ceará, confirmado ontem (07/07) pelo Departamento de Defesa Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), não afetará as exportações brasileiras. Pelo menos essa é a opinião do presidente da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), José Adão Braun. De acordo com ele, trata-se de um foco isolado, numa região endêmica e localizada fora da zona considerada livre de PSC.

“Não há risco desse foco influenciar negativamente nossas exportações. Mesmo porque, não há motivos para isso”, avalia o presidente da ABCS. “É claro que casos como esse preocupam os compradores internacionais de carne suína mas trata-se de um foco isolado, registrado fora da zona livre de Peste Suína Clássica. Todas as medidas estão sendo tomadas e o foco deve ser debelado rapidamente”. 

Assim que foi notificado da ocorrência, o Mapa determinou o imediato isolamento da área e a realização da vacinação perifocal. Todos os países importadores de carne suína do Brasil e organismos internacionais foram imediatamente comunicados sobre a ocorrência. 

Desde 2000, o Mapa desenvolve o Programa Nacional de Sanidade Suína. Mesmo assim, em alguns Estados, fora da área livre, a Peste Suína Clássica ainda não foi erradicada. A própria ABCS tem participado ativamente dessa campanha sensibilizando os produtores (através de visitas, palestras etc.), quanto à importância do programa desenvolvido pelo Governo Federal. 

Segundo Braun, as próprias características e peculiaridades da suinocultura do Nordeste, e da cearense em particular, possibilitam o aparecimento de focos da PSC. “A suinocultura dessa região reúne propriedades altamente tecnificadas e criações empíricas, de fundo de quintal, e isso facilita o aparecimento de focos da doença”, explica Braun. A ABCS também tem cobrado do Mapa uma maior alocação de recursos para a rápida implementação do programa na região Nordeste. “É preciso agilizar a implementação do programa e a vacinação dos animais”, diz. 

Para Braun, o foco verificado na cidade de Caucaia serve como um alerta para a necessidade de se concluir, o mais rápido possível, a implementação do Programa Nacional de Sanidade Suína em todo o País.