Da Redação 27/07/2004 – 06h35 – O cooperativismo especialmente o do ramo do agronegócio – consolida cada vez mais sua participação na economia brasileira. Entre as 500 maiores empresas do país no ranking das Melhores e Maiores da revista Exame, divulgado recentemente, 22 pertencem ao sistema cooperativo. No Sul, um dos principais pólos de produção agropecuária do Brasil -, 17 cooperativas estão entre as 100 maiores empresas da região, segundo o levantamento feito pela publicação da editora Abril.
“O nosso sistema cooperativo tem condições de se expandir ainda mais”, diz o diretor do Departamento de Cooperativismo e Associativismo Rural (Denacoop), José Norberto Kretzer. Para tanto, prossegue ele, as cooperativas precisam continuar incorporando tecnologia às suas atividades e investir fortemente na capacitação de seus associados.
O diretor de Denacoop atribuiu o crescimento das cooperativas à modernização do sistema nos últimos anos. As cooperativas não se fortaleceram apenas da porteira para dentro. Mas fundamentalmente da porteira para fora”. Isso, destaca, fez com que melhorassem a qualidade da produção e passassem a ter maior eficiência nas negociações com o mercado.
O aumento da produção e do consumo também vem contribuindo para fortalecer as cooperativas, afirma Kretezer. Além do consumo interno, ressalta, as cooperativas passaram a atender o mercado externo. “A demanda por alimentos no mundo cresceu muito. Só a China, por exemplo, incorporou entre 70 e 80 milhões de consumidores nos últimos anos”.
As condições climáticas favoráveis do Brasil e os investimentos nos programas de sanidade são outros fatores apontados por Kletzer como responsáveis pelo melhor desempenho das cooperativas. “A melhoria da qualidade e sanidade de nossos produtos nos credenciam a ser um dos maiores fornecedores de alimentos para o mundo”. Para ele, os investimentos em logística armazenagem e infra-estrutura de escoamento da safra vão tornar o cooperativismo a se tornar ainda mais competitivo.