Da Redação 20/10/2004 – As negociações que ocorrem entre redes de supermercados e indústria para definir as encomendas de Natal pararam por conta de um desentendimento. O foco do problema no início da semana passada eram os contratos de compra e venda de aves e suínos para as festas natalinas.
Por razões estratégicas, as lojas anteciparam seus pedidos de compras de Natal (panetones, frutas secas, entre outros) aos fabricantes neste ano por temor que o aquecimento da economia provocasse falta de mercadorias.
No caso de itens como pernil, tender, peru e chester, a situação é outra. Perdigão e Sadia, líderes do setor, já propuseram um aumento no valor do pernil. Conforme o jornal Folha de S.Paulo, o reajuste pedido pela Sadia coloca o preço de venda da peça (quilo) para o varejo em R$ 8. Em cima desse valor, é colocada a margem do varejo, que revende o item ao consumidor.
No ano passado, no mesmo período, o valor do pernil girava em torno de R$ 4 para a venda à loja. Ao consumidor, porém, o preço variou de R$ 5,99 a R$ 7,78. Para o chester e o peru, os supermercados acreditam que os reajustes possam variar de 10% a 15% em relação à tabela de 2003. No entanto, apesar do reajuste, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) elevou de 2% para 3% sua projeção para o crescimento do faturamento do setor em 2004. Se confirmado, o índice representará uma receita de R$ 90 bilhões, ante pouco mais de R$ 87 bilhões no ano passado.