Redação AI 13/12/2004 – A região Norte do Tocantins, famosa pela produção de gado, agora abre uma nova alternativa para desenvolvimento econômico com a criação de frangos. Nos últimos anos, a região tem se destacado neste setor, alcançando o status de pólo produtor de frangos no Tocantins, com uma capacidade de alojamento atual de 1,2 milhão de aves para abate e outras 360 mil para postura (produção de ovos), segundo dados da Agência de Defesa Agropecuária (Adapec). Hoje, são 39 granjas de abate e quatro para postura em todo o Estado, sendo que a maioria fica nos municípios de Araguaína, Palmeiras do Tocantins, Tocantinópolis, Nazaré e Wanderlândia, na região Norte. Em 2002, a produção era de 835.777 aves, um crescimento de mais de 30% nos dois últimos anos. A expectativa dos próprios produtores é de dobrar esta produção. De acordo com o gerente do Programa Estadual de Sanidade Avícola, Welciton Dias Assunção, a região Norte é o pólo industrial de aves para abate.
Araguaína foi a cidade escolhida por José Wilson Oliveira Paes para expandir seus negócios. Ele veio de Fortaleza (Ceará) em 1996, e implantou uma granja para produzir ovos. Hoje, tem mais de 260 mil aves, produção de 225 mil ovos por dia. As aves consomem cerca de 950 toneladas por mês de ração, produzidas também pela empresa.
Segundo Paes, o intuito da instalação da empresa foi não apenas para suprir a demanda local, mas também para atingir outras cidades e estados vizinhos. “A escolha de Araguaína para instalação da granja foi devido à sua localização. Fica numa região central e com acessos para três estados vizinhos, o que é bom para a venda de ovos e também para o descarte de frangos”, declarou o empresário, que negocia os produtos tanto no Tocantins quanto no Maranhão, Piauí e Pará.
De acordo com o empresário, para se montar uma estrutura e capacidade produtiva como a que tem hoje, é necessário um planejamento estratégico que avalie o mercado consumidor e suas variações, além de calcular os riscos de doenças que poderão aparecer a qualquer momento. A cada 60 dias, a empresa recebe um lote de 36 mil aves, com pintos de um dia, que passarão pela fase de cria, até a sétima semana; depois vem a fase de recria, o crescimento, entre a oitava e a 17a. semana; e por fim a fase de produção, que a postura de ovos, que vai da 18a. até a 80a. semana. O frango para abate é criado em regime de engorda para o frigorífico.