O consumo anual per capita de carne suína no Brasil aumentou quase 20% entre 2015 e 2022, passando de 15,1 kg para 18 kg, impulsionado pela maior oferta de cortes nobres no mercado nacional. De acordo com dados da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o Brasil consome 77,5% da produção local de suínos.
A China é um fator decisivo para o cenário. A epidemia de peste suína africana que dizimou a produção chinesa entre 2018 e 2019 abriu espaço para a carne suína brasileira. Em 2020, o país ultrapassou a marca de 1 milhão de toneladas exportadas para o mundo, um recorde histórico, segundo Ricardo Santin, presidente da ABPA.
As exportações brasileiras de carne suína continuaram crescendo em 2022, fechando o primeiro trimestre com um aumento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior, em função do retorno de focos de febre suína no continente. A Ásia é o maior comprador, com 72,9% das vendas de 2022, principalmente para a China.
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Novos mercados
O setor tem expectativa de ampliar os novos mercados, como Coreia do Sul, Filipinas, México e Japão, para manter as exportações em pelo menos 100 mil toneladas por mês, de acordo com o presidente executivo da Frimesa, Elias José Zydek. A abertura do mercado mexicano foi uma disputa de 20 anos, que agora pode fazer do Brasil um substituto dos Estados Unidos como fornecedor de carne suína para o México.
