Redação SI 16/01/2003 – O programa de erradicação de Aujeszky deve concluir até amanhã o abate dos animais infectados com o vírus em Santa Catarina. Cerca de 80 mil animais devem ser sacrificados, calcula o secretário de Desenvolvimento Rural e Agricultura, Moacir Sopelsa.
As indenizações aos produtores atingidos vão chegar a R$ 6 milhões, segundo o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), Paulo Tramontini.
Cada produtor receberá um valor de acordo com a produção mensal em quilos de suíno, conforme o preço do dia pago pelas agroindústrias. O objetivo é manter uma remuneração aos criadores durante o período que ficarão sem produzir, devido a eliminação dos plantéis.
Notícias Relacionadas
A indenização será paga por um período de 10 meses nas Unidades Produtoras de Leitões e 13 meses em caso de ciclo completo. Estes recursos são provenientes do Fundo de Saninade Animal, mantido pelos produtores e agroindústrias, através da cobrança de uma taxa por animal produzido.
Após o despovoamento, as granjas de suínos devem passar por um período de vazio sanitário de pelo menos quatro semanas. Neste período os produtores devem efetuar a limpeza e desifecção das baias, com iodo e amônia.
O gerente de Pecuária da Companhia Integrada para o Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), Edson Veran, informou que na próxima segunda-feira deve ser divulgado o relatório final sobre o programa de erradicação da Aujeszky.
Após a conclusão do trabalho será feita a sorologia nas regiões afetadas para monitorar eventual surgimento de novo foco. A expectativa do secretário Moacir Sopelsa é de que em 2004 o Estado seja declarado livre de Aujeszky.
O programa de abate dos animais infectados, previsto para terminar em março, foi antecipado em virtude da suspensão das importações de carne suína pela Rússia. Uma missão brasileira deve viajar para Moscou na próxima semana para tentar retomar as vendas.
