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Alto custo de produção afeta os criatórios em GO

Suinocultura ainda enfrenta problemas e pequenos produtores estão saindo do negócio.

Redação SI 05/03/2003 – O início da colheita de milho e da soja em Goiás não contribuiu para amenizar os problemas enfrentados pelos produtores, que continuam trabalhando no vermelho, conforme o presidente da Associação Goiana de Suinocultores, Eugênio Arantes Pires. Esta semana os preços giraram em torno de R$ 1,95 o quilo vivo, para um custo de R$ 2,05 o quilo vivo.

Conforme Eugênio Pires, o problema é que o custo de produção é puxado pelo milho e pelo farelo de soja, além do que todos os demais insumos utilizados na suinocultura estão dolarizados. Esta semana, os criadores pagaram de R$ 22,80 a R$ 24,30 pela saca de milho, o que, segundo o dirigente da AGS, ainda é um valor muito elevado. Quanto ao farelo de soja, a tonelada está em torno de R$ 680,00 a R$ 700,00. Levantamento preliminar da AGS mostra que pelo menos 8% dos suinocultores independentes já deixaram a atividade por causa dos altos custos e pela impossibilidade de repassá-los aos revendedores. Ele prevê alguma melhoria a partir deste mês devido à menor oferta. Isso porque, para fazer caixa ou reduzir custos, muitos produtores estão abatendo animais mais jovens ( 70 kg a 80 kg de peso vivo, quando o normal é 100 kg). Pires afirma que para o suinocultor ter algum alívio precisaria receber, atualmente, ao menos R$ 2,10 pelo quilo vivo.