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Preço do milho cai e governo decide formar estoque

De janeiro até agora, cotação do produto já acumula queda de quase 50%. E pode cair mais.

Da Redação 02/06/2003 – As seguidas quedas de preço do milho levou o governo a intervir na comercialização da safra para evitar que os produtores tenham perda de renda, o que poderia causar fuga da cultura no próximo plantio, com conseqüências danosas para o mercado em 2004. Por meio de contratos de opção e leilões de contratos de opção, o governo vai retirar do mercado 670.022 toneladas de milho, que passarão a fazer parte dos estoques públicos administrados pela Companhia Nacional de Abastecimento.

Os contratos de opção de 387.747 toneladas que venceriam em 15 de agosto, foram antecipados para 16 de junho. O preço de exerício em Goiás é de R$ 17,30 por saca de 60 kg, superior à cotação atual do mercado físico, atualmente em torno de R$ 16,00 a saca. Outra alternativa para enxugar o mercado de milho são as exportações, viabilizadas pela valorização do dólar frente ao real, contribuindo para aproximar os preços do milho aos valores praticados no mercado externo. Nos primeiros 18 dias deste mês, o País exportou 253 mil toneladas de milho.

Desaceleração
No mês de janeiro, a saca de 60 kg de milho era comercializada em Goiás ao preço médio de R$ 23,80. Em março, com o início da colheita, o preço caiu para o valor médio de R$ 20,95. Já neste mês, com a intensificação da colheita e aumento dos estoques no Centro-Oeste, além da perspectiva de uma produção próxima de 10 milhões de toneladas na safrinha, a cotação da saca despencou para R$ 16,00. E pode cair ainda mais, segundo previsão do analista Adriano Vendeth de Carvalho, da SoloBrazil Mercados Agrícolas.

O secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Ivan Wedekin, disse que o exercício de opções pelo governo deverá garantir a sustentabilidade dos preços no mercado.