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Procura aumenta e falta carne suína

Depois de ter chegado ao fundo do poço no ano passado, com o produtor perdendo R$ 40,00 por suíno de 110 quilos entregue ao frigorífico, o mercado suinocultor começa a reagir.

Redação SI 24/07/2003 – Depois de ter chegado ao fundo do poço no ano passado, com o produtor perdendo R$ 40,00 por suíno de 110 quilos entregue ao frigorífico, o mercado suinocultor começa a reagir. Na Região Sudoeste, por exemplo, a procura pela carne de porco é grande e a mercadoria está em falta. O novo presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), eleito ontem (23), Irineu Wessler, acredita numa reação ainda maior do mercado nos próximos meses.

Em uma semana o quilo do suíno vivo saiu de R$ 1,45 para R$ 1,60. Segundo Irineu, esse valor pode chegar até R$ 1,80 no fim do ano. Além disso, o preço do milho e farelo de soja apresentam preços acessíveis aos produtores, com a saca de 60 quilos de milho cotada a R$ 13,00.

Romeu Royer, atual presidente da APS, também acredita em uma melhora do mercado, mas deixa claro que são somente perspectivas. “Não temos como dar certeza de que o mercado estará em alta no próximo ano, mas estamos trabalhando para que isso ocorra”, acrescenta.

Apesar dos fatores favoráveis à suinocultura, ainda existe a preocupação dos produtores com o abastecimento de milho no próximo ano, em função do desestímulo aos agricultores. De acordo com Irineu, em reunião com a Sadia, foi solicitado um preço mínimo de compra do grão para 2004. Outras reuniões estão agendadas para definir a questão.

O vice-presidente técnico da APS e presidente da associação da região Oeste, Leoclides Luiz Bisognin, informou que naquela região não há falta de carne suína e que, além da recuperação dos preços, o que está ajudando os produtores é a redução dos preços do milho e do farelo de soja, em função da safra recorde. Ele explica que para que o produtor obter 10% de lucratividade seria necessário que o quilo do suíno fosse cotado acima de R$ 1,80.

Bisognin chama a atenção para o fato de que a cada ano está diminuindo o número de produtores, mas aumentando o plantel. Isso significa que o pequeno produtor está desaparecendo e em seu lugar estão surgindo os grandes. Toledo, por exemplo, chegou a ter mais de 2 mil produtores de suínos. Hoje são 800.