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Soja atinge menor cotação desde janeiro

O mercado de soja continua oscilando ao sabor das previsões meteorológicas.

Da Redação 01/08/2003 – O mercado de soja continua oscilando ao sabor das previsões meteorológicas. Ontem (31), a promessa de ocorrência de chuvas nas áreas produtoras dos Estados Unidos derrubou os preços futuros do grão, que atingiram os menores patamares desde meados de janeiro. Os contratos para novembro foram negociados a 509 centavos de dólar o bushel, em queda de 1,8% na Chicago Board of Trade (CBoT).

“Nem mesmo o surpreendentemente elevado volume das exportações da safra nova norte-americana foram suficientes para dar sustentação aos preços”, diz Renato Sayeg, da Tetras Corretora.

De acordo com a firma Global Weather Services (GWS), a formação de uma área de instabilidade na fronteira dos estados de Iowa e Nebraska promete trazer as tão necessárias chuvas para a região. As plantações – que estão na fase de formação das vagens -, estão sofrendo com os baixos índices de umidade do solo. “Apesar da preocupação, é precipitado dizer que a baixa umidade afetará a produtividade das lavouras”, diz Sayeg.

Outro fator que contribuiu para manter os preços em baixa foi a notícia de que a China estaria retendo cerca de 20 navios norte e sul-americanos de soja nos portos.

A chegada das chuvas ofuscou o desempenho, acima do esperado, das exportações americanas de soja da safra que ainda não foi colhida. Foram registradas vendas de 863 mil toneladas, superiores às estimativas que oscilavam de 300 mil a 400 mil toneladas. A China foi responsável por cerca de 30% do volume contratado, com 283 mil toneladas. Vendas da safra velha foram de 119,7 mil toneladas, dentro do previsto pelos analistas, cuja estimativa ia até 200 mil toneladas.

A queda nos preços dos grãos afetou igual os mercados de óleo e farelo de soja. O futuro do óleo para dezembro caiu 2,5%, para 18,91 centavos de dólar por libra-peso e o contrato do farelo de soja para o mesmo mês recuou 1,3%, negociado a US$ 156,50 a tonelada curta.