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Em busca de soluções

Audiência Pública reuniu várias autoridades ontem (31/07) em Irani (SC) para uma ampla discussão sobre a atual situação da atividade suinícola em Santa Catarina.

Redação SI 01/08/2003 Uma Audiência Pública realizada ontem (31/07) no município de Irani (SC) reuniu um grande número de autoridades para discutir a crise da suinocultura catarinense. A reunião foi considerada positiva pelos participantes. O evento contou com a presença do Presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) Wolmir de Souza; do Secretário de Estado da Agricultura e Política Rural, Moacir Sopelsa; Secretário de Desenvolvimento Regional de Concórdia, Idair Piccinin, do Presidente da Comissão de Agricultura e Política Rural, Deputado Mauro Mariani; membro da Comissão, Deputado Reno Caramori, além de prefeitos de toda a região, representantes de Deputados Federais, presidentes de Núcleos Municipais e Regionais de Criadores de Suínos de vários municípios da região. A audiência contou também com a presença de mais de 300 pessoas.

Através das palavras do presidente da ACCS, Wolmir de Souza, do Prefeito de Irani, Cleinor Zampieri, do prefeito de Arvoredo e Presidente da Associação dos Municípios do Alto Uruguai Catarinense, Airton Cauduro, do Secretário de Desenvolvimento Regional de Concórdia, Idair Piccinin e do Secretário de Estado da Agricultura, Moacir Sopelsa, os membros da Comissão puderam conhecer a realidade que vive hoje a suincocultura Catarinense, principalmente da região Oeste.

Uma das principais questões discutidas, foi a ausência de representantes das agroindústrias, para que também colaborassem com os debates e trouxessem esclarecimentos sobre a situação. Houve um questionamento muito forte com relação aos rumos que a verticalização está levando a suinocultura, como sendo também, um dos motivos desta crise que já se alonga por mais de 18 meses. Outro forte motivo também levantado, diz respeito ao incentivo que os produtores tiveram das agroindústrias para aumentar a produção, com garantia de mercado mas sem garantia de preços. De acordo o Airton Cauduro, o maior de todos os males, são os investimentos em mega projetos de suinocultura, muitas vezes patrocinado pelo governo e ativado por profissionais de outras áreas que vêem na suinocultura uma forma de aumentar sua renda, prejudicando assim a agricultura familiar e o produtor de suínos nato, que sempre soube lidar com a atividade. Já o presidente da ACCS, destacou que com a verticalização, os municípios, juntamente com o produtor, é que está arcando com as conseqüências. Os problemas dos dejetos de suínos, a manutenção das estradas, os investimentos na propriedade estão ficando por conta do poder Público Municipal e do produtor, “que já não é dono do seu rebanho, é um mero empregado da indústria sem encargos sociais e que recebe em torno de R$ 5 a 6,00 por suíno, quando o seu custo gira em torno de R$ 11.00”, ressalta.

O evento de ontem, será documentado numa união da Prefeitura de Irani, ACCS e Secretaria de Desenvolvimento Regional de Concórdia, cobrado soluções de todos os órgão competentes e um comprometimento maior das agroindústrias. Segundo Wolmir de Souza, estas discussões são válidas desde que haja resultados e envolvimento de toda a cadeia produtiva além dos representantes legais da Assembléia Legislativa, do Governo Estadual e Federal, que tem condições de intervir nos rumos que a suinocultura está tomando.