Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Oferta de suínos cai e preços sobem 12,24%

Segundo dados da Associação Paulista de Criadores de Suínos, neste ano, serão 41,6 mil toneladas de carne suína a menos à disposição.

Redação SI 05/08/2003 – A oferta de suínos para abate está em queda no Estado de São Paulo. Segundo a FNP Consultoria, essa situação é reflexo da crise que atinge o setor há 17 meses. A retração dos preços pagos ao produtor no período, causada principalmente por uma explosão da produção no final de 2001, deprimiu a renda dos suinocultores brasileiros. A esse excesso de oferta somou-se a elevação dos preços do milho, principal item da alimentação dos animais, no ano passado. A média histórica da relação entre a arroba de suíno (15 quilos) e sacas de milho é de 1 arroba para cada 2,5 quilos do cereal. A preços atuais, esse valor é de R$ 42,50. Hoje, entretanto, a arroba do suíno está cotada, média do Estado, em R$ 34,50. “A crise levou os produtores a diminuir os investimentos na produção e a abater as matrizes [fêmeas reprodutoras]. Em São Paulo, a redução do plantel foi de 20%”, afirma Valdomiro Ferreira Jr., presidente da APCS.

Essa diminuição da oferta pressiona as cotações. Em julho, os preços pagos para os produtores no Estado de São Paulo, medidos pelo Instituto de Economia Agrícola (IEA), subiram 12,24%. Analistas de mercado afirmam que essa alta deve se manter. A previsão é que nos próximos 30 dias a arroba chegue a R$ 42. Apesar do prognóstico positivo, Ferreira Jr. recomenda cautela. “Não é hora de achar que já está tudo bem. Ainda é cedo para investir e repor matrizes”, diz. As exportações de suínos também seguem em alta. Neste ano, a meta da Abipecs é exportar 550 mil toneladas. Volume que geraria uma receita cambial de US$ 500 milhões.

Suíno vivo – O mercado de suíno vivo em São Paulo no dia de hoje (05), subiu R$ 1,00/@. O frigorífico Rajá a partir de hoje está praticando preço em R$ 1,87/Kg vivo. No mercado regional, verificou-se negócios entre R$ 1,92 a R$ 1,97/Kg vivo. A tendência segundo, Ferreira Júnior, é mercado firme e com pressão para novos reajustes nos próximos dias. Fique atento, ligue para sua entidade de classe e informe-se da cotação diária da entidade.