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Luz no fim do túnel

Desempenho da suinocultura melhora e reanima produtores, mas o momento ainda exige cautela.

Redação SI 15/09/2003 -Depois de enfrentar longo período de dificuldades, com custo de produção elevado e preços baixos, a suinocultura começa a sair do buraco. Nos últimos 60 dias as cotações vêm melhorando e os custos de produção tiveram recuo. Com isso, os produtores têm conseguido respirar, conforme argumenta o presidente da Associação Goiana de Suinocultores (AGS), Eugênio Arantes. Ele frisa, contudo, que ainda não há motivo para euforia, devido aos 18 meses de crise que levaram os criadores ao endividamento.

Esta semana, as cotações em Goiás alcançaram valor médio de R$ 2,20 o quilo vivo, ou R$ 41,25 arroba, preço que remunera razoavelmente a atividade, segundo Eugênio Arantes. Ele explica, no entanto, que na realidade o valor recebido pelo produtor acaba caindo para algo em torno de R$ 2,05, já que há desconto de ICMS e frete. Conforme cálculo da Associação, o custo médio de produção está em torno de R$ 1,75 a R$ 1,80 o quilo vivo, o que confere ganho razoável ao produtor, configurando um quadro bem melhor que há alguns meses.

Eugênio Arantes argumenta que o momento exige cautela, principalmente porque milho e farelo de soja estão novamente em alta. Segundo ele, quando a suinocultura começa a melhorar, aventureiros correm para a atividade, aumentando a oferta de animais prontos para abate, o que acaba contribuindo para derrubar novamente as cotações. No momento, oferta e procura estão ajustados.