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Frango congelado some

Produto começou a faltar nos supermercados e açougues de Goiânia a partir das primeiras denúncias de que era vendido ao consumidor com excesso de água.

Redação AI 22/10/2003 – 06h00 – Está faltando frango congelado em alguns supermercados, açougues e casas de carne de Goiânia. A constatação foi feita ontem por fiscais da Superintendência de Proteção aos Direitos do Consumidor (Procon-Goiás), durante operação denominada Frango D`Água, realizada em 14 estabelecimentos varejistas da capital. Dando continuidade ao trabalho iniciado anteontem (20/10), os fiscais pretendiam recolher novas marcas do produto para aferir se a quantidade de água estava dentro do limite legal de 6%.

Entretanto, nos estabelecimentos visitados não foram encontradas novas marcas para serem coletadas. Diante dessa constatação, o superintendente do Procon-GO, Antônio Carlos de Lima, determinou que a fiscalização seja feita também nos frangos resfriados, que continuam ofertados no varejo. Ele suspeita que a hidratação possa ter migrado para as aves in natura.

Irregular

O sócio-proprietário do supermercado Ponto Final, na Vila Redenção, Gilberto Soares da Silva, confirma que o abastecimento do frango congelado está irregular no seu estabelecimento há cerca de 15 dias, principalmente das marcas mais tradicionais. Para ele, só mesmo a fiscalização pode explicar o problema.

O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas, Francisco Álvares, disse que a maioria dos açougues suspendeu a venda de frango congelado há cerca de três meses, desde que aumentaram as denúncias na imprensa de excesso de água no produto.

O representante de uma indústria avícola goiana, que prefere não se identificar, informa que hoje a maior parte das vendas de frango em Goiânia é do produto resfriado. As denúncias de excesso de água levaram o consumidor a rejeitar o produto. Um distribuidor de frango que atua em Goiânia, que também pediu anonimato, informa que o abastecimento é normal, mas existe atualmente uma rejeição do congelado, causada pelo problema da composição de água acima dos limites estabelecidos pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento.

No último dia 7, quatro indústrias avícolas assinaram termo de compromisso com o Ministério Público Federal, a Delegacia Federal da Agricultura e o Procon-Goiás, onde se comprometiam a respeitar o limite máximo de 6% de água absorvida em carcaças de aves congeladas e de 20% para as temperadas. A Operação Frango D`Água pretende apurar se o compromisso está sendo cumprido por essas e pelas demais marcas do produto, tanto locais como provenientes de outros Estados.