Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Suínos pesados

Ciclo de Eventos da APCS discute o tema e aponta vantagens econômicas na produção de um animal mais pesado.

 Abertura do Ciclo de Eventos

Redação SI 22/10/2003 05h28 – A campanha que a Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) fez para que cada suinocultor levasse pelo menos três açougueiros de sua cidade para o Ciclo de Eventos deu certo. O Auditório Central da CATI, em Campinas (SP), esteve lotado no dia 20 de outubro. A produção de suínos pesados é um assunto de interesse dos frigoríficos, mas ainda enfrenta muitas resistências no Estado. Em São Paulo quase que a totalidade dos abatedouros preferem animais com cerca de 90 quilos.

O evento foi aberto com palestra Suínos pesados e com qualidade: o investimento que garante o sucesso do seu negócio, da veterinária e gerente de produtos da Elanco Saúde Animal, Flávea T. Reis Zagury. Ela apresentou diversas vantagens em se produzir um suíno mais pesado. Eles vão desde a rentabilidade para o produtor até o aumento nas opções de cortes. Um levantamento feito pela Elanco especialmente para o Ciclo (os dados estarão disponíveis no site da APCS em breve), comparou os ganhos de um suíno vivo de 93 quilos e outro de 112. No final, o lucro líquido do animal mais pesado foi 36,77% maior.

Demonstração de cortes será disponibilizada em vídeo

Com esta iniciativa, a APCS quer forçar o debate em torno do assunto. Segundo Valdomiro Ferreira Júnior, presidente da entidade, há muita resistência ainda quanto a produção do suíno pesado, principalmente por parte dos frigoríficos e açougues. Mas resultados econômicos e científicos apontam para a melhor rentabilidade ao se produzir este animal, além da diversidade de cortes que ele pode gerar. “Toda a cadeia produtiva irá ganhar com isto”, ressalta.

Demonstração – O evento ainda teve uma demonstração prática de cortes. José Delazeri, que atua com consultoria para a indústria de cortes e embutidos, apresentou os principais cortes feitos pelas agroindústrias. Em seguida Daniel Barbosa apresentou cortes diferenciados, como o lombo e costela com pele, bifes feitos a partir do filezinho e a picanha suína.

Barbosa só trabalha com animais pesados, de onde pode tirar estes cortes. A picanha, por exemplo, é muito pequena num animal leve. Porém, a peça pode se tornar uma grande opção para o consumidor, se houver um trabalho de marketing. Algo como o que ocorreu com a picanha bovina, que se transformou em padrão para um bom churrasco.

Filmagens Esta parte prática foi toda filmada. Os interessados poderão adquirir uma cópia em vídeo da demonstração de cortes, que em breve deverá ser disponibilizada pela APCS. A entidade também irá distribuir cartazes com fotos de vários cortes suínos, cujo material fotográfico foi produzido durante o Ciclo.