Redação SI 07/02/2002 – A Associação Paranaense de Suinocultores (APS) estima um crescimento de 10% no número de animais no Estado. Também prevê um aumento do peso do suíno para abate de 105 quilos para 130 quilos. Com isso, o presidente da APS, Romeu Royer, acredita que a margem de lucro do produtor pode aumentar. “Criar suínos nada mais é do que um negócio, sendo assim, ele precisa dar margem de lucro para os produtores”. Essa expectativa é motivada também pela perspectiva de se atingir, em 2002, um consumo per capita no Brasil acima de 12,5 quilos.
O Paraná possui hoje um plantel de 4,8 milhões de animais, com 410 mil matrizes. O seu consumo per capita é de 19 quilos de carne suína, uma das maiores médias do País. Em 2001, o Estado conseguiu a declaração de área livre da Peste Suína Clássica e teve uma safra recorde de milho, com 12,2 milhões de toneladas, o que beneficiou o suinocultor. A única coisa que atrapalhou o produtor paranaense foram os focos de febre aftosa no Rio Grande do Sul. “Isso fez os preços baixarem imediatamente e, de maio a outubro, eles ficaram bem abaixo do esperado”, relata o presidente da APS.
A Associação tem procurado difundir as vantagens da carne suína e por isso tem participado da maioria dos eventos gastronômicos do Paraná. O Estado já é um tradicional consumidor da carne suína, tanto que são realizadas cerca de 500 festividades utilizando a carne como base da culinária.
A APS também trabalha em parceria com agroindústrias e com o governo do Estado, sempre procurando orientar os produtores por meio de seminários técnicos. Um dos mais extensivos trabalhos da APS é com relação ao meio ambiente, mostrando ao suinocultor alternativas para evitar a excessiva produção de dejetos. Uma delas é a instalação de bebedouros ecológicos, fazendo com que o suíno tenha menor perda de água. “Com essas ações tivemos algumas granjas com até 80% menos dejetos para tratar e com resultado econômico muito bom”, afirma Royer, presidente da APS.