Redação SI 10/06/2002 – O setor suinícola de Goiás, na esteira do que ocorre no País, está apreensivo com a crescente elevação dos custos de produção da carne e a estagnação dos preços em baixa. Em muitos casos, o valor recebido não cobre os custos de produção, situação que está trazendo desestímulo aos criadores. Alguns matrizeiros, que produzem leitões, já pensam em reduzir plantéis e outros até deixar a atividade.De acordo com o presidente da Cooperativa de Suinocultores de Goiás (Coopersuínos), José Pita Júnior, os cooperados vendem a produção para a indústria Perdigão por R$ 1,12 o quilo vivo (valor básico de comercialização em Santa Catarina), mais bônus de 15% pela qualidade, o que eleva o valor recebido para algo em torno de R$ 1,29. Isso significa que um cevado pronto de 120 quilos sai por R$ 154,80. Só que o custo de produção gira em torno de R$ 160,00. O maior problema é o preço dos insumos, especialmente do milho e da soja, que se elevaram muito este ano.Os produtores independentes, filiados à Associação Goiana de Suinocultores (AGS), têm recebido entre R$ 1,30 à vista e R$ 1,35 a prazo (20 dias) pelo quilo vivo, um pouco mais do que os preços pagos aos filiados da Coopersuínos. Mesmo assim, a situação não é das melhores. Para os custos atuais da atividade, o preço ideal deveria girar em torno de R$ 1,40 a R$ 1,45 o quilo vivo. Os maiores entraves no momento, além do alto custo, são o excesso de carne suína no mercado, a estagnação do consumo interno e a queda das exportações. De acordo com Pita Júnior, se o País não ampliar as exportações como forma de enxugar o mercado interno, o quadro tende a piorar. Contudo, ele acredita que dentro de 15 a 20 dias, a situação comece a ser alterada, porque as indústrias vislumbram melhorias nas exportações, além de maior consumo interno com a chegada do período frio.
Custo elevado e preço baixo afetam a suinocultura goiana
O cevado pronto, com 120 quilos, está cotado a R$ 154,80, só que o custo de produção já atinge R$ 160,00.
Revistas
Mais EdiçõesInternacional
Agro brasileiro conquista quatro novos mercados na China e assinam 37 acordos em diversas áreas
Principal parceiro comercial do Brasil, a China abriu quatro mercados para produtos da agropecuária brasileira em acordos firmados por ocasião do encontro bilateral entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Xi Jinping nesta quarta-feira (20), em Brasília. Com isso, o Brasil registra a conquista de 281 mercados agropecuários desde o início de 2023. São […]
OVUM 2024
Avicultura em destaque: perspectivas para o futuro, segundo Osler Desouzart no OVUM 2024
Durante o OVUM 2024, realizado no Uruguai, Osler Desouzart destacou pontos estratégicos para o futuro da avicultura na América Latina. Segundo ele, o setor continuará em expansão, acompanhando o aumento da demanda global por carne, em especial na América Latina, que vem ganhando protagonismo e alterando a geografia da produção e do consumo no mercado […]
Economia
Poder de compra dos avicultores paulistas frente ao milho cai ao menor patamar desde abril
O poder de compra dos avicultores paulistas em relação ao milho atingiu seu nível mais baixo desde abril deste ano, de acordo com dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Esse cenário é resultado da valorização do milho no mercado doméstico, somada ao enfraquecimento nos preços do frango vivo. Comparando a média […]
Economia
Preços do suíno vivo alcançam novas máximas e demanda continua alta
Os preços do suíno vivo seguem em alta e renovaram as máximas nominais na série histórica do Cepea, com os valores em termos reais chegando aos maiores patamares desde 2020. De acordo com os pesquisadores do Cepea, a elevação nos preços é impulsionada pela alta liquidez no mercado de carne, que tem levado frigoríficos a […]