Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Supermercadistas querem manter desossa

Uma campanha será lançada dia 29 e será encerrada ao final de setembro, em SC.

Redação SI 16/08/2002 – Uma campanha será lançada dia 29 próximo e será encerrada ao final de setembro, em Santa Catarina, com a finalidade de promover o consumo de carne suína, e com isso amenizar, ao menos, os problemas enfrentados pelos produtores e indústrias, cuja demanda é infinitamente inferior à oferta, causando assim um caos para o setor suinícola.

A iniciativa é da ACATS (Associação Catarinense de Supermercados) e o SINDICARNES – Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados de SC, juntamente com a ACCS – Associação Catarinenses dos Criadores de Suínos e a Secretaria da Agricultura do Estado.

A campanha veiculará em todos os supermercados filiados a Acats que aderirem à promoção. A agroindústria se dispõe a fornecer carne a preços mais baixos, desde que os benefícios sejam repassados ao consumidor, para estimular o consumo da carne “in natura”, já que, especialmente o litoral, não é costume. Os supermercados estão dispostos a participar da campanha, e asseguraram que todos os benefícios oferecidos pelas agroindústrias serão convertidos em preços para o consumidor.

Em reunião com os promotores da campanha, o secretário da Agricultura em exercício, Carlos Lazzaretti, foi claro: “a desossa de carcaça suína, originária de frigoríficos catarinenses segue o mesmo sistema de controle das carcaças bovinas, portanto, não há nenhum impeditivo para essa prática, desde que os supermercados tenham instalações apropriadas para tal. Não é permitido desossa de carnes procedentes de outros estados, para assegurar o controle sanitário dos resíduos, ou seja, dos ossos, que são transmissores de doenças”.

Outro questionamento apresentado pelos supermercados é quanto à perenidade da oferta de carne suína. Eles temem que depois que passe a crise, os frigoríficos desapareçam do mercado catarinense e eles fiquem sem o produto, já que até agora não era fácil comprar carne in natura das agroindústrias. Elas preferem industrializar e levar para grandes centros, ou exportar.

A criação de hábito de consumo da carne suína é salutar, disse o presidente do Sindicarnes Jose Zeferino Pedroso. Se houver demanda, e isso não temos informações por enquanto, sempre as agroindústrias vão estar no mercado, assegurou.

A Coperio de Joaçaba vendeu em um final de semana 290 suínos desossados, ao preço de R$ 1,99 o quilo, independente do tipo da carne. Já a Copérdia, de Concórdia, dividiu em dois cortes, com preços diferenciados, uma parte a R$ 1,80 o kg e outra parte a R$ 2,30. O sucesso de vendas foi marcante.