Em diversas regiões acompanhadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), as cotações do milho estão apresentando enfraquecimento neste início de julho. Esse cenário é resultado da retração de parte dos consumidores e do avanço da colheita da segunda safra do cereal.
Nos últimos dias, a ausência de chuvas tem favorecido o avanço dos trabalhos de colheita no campo. De acordo com dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), até o dia 1º de julho, a colheita atingiu 20% da área plantada em todo o país. Esse avanço semanal de 9 pontos percentuais representa um progresso significativo. No entanto, em comparação ao ciclo anterior, ainda há um atraso de 8 pontos percentuais.
A combinação da retração da demanda por milho e do aumento da oferta devido ao avanço da colheita tem exercido pressão sobre os preços internos. Os produtores e comerciantes têm enfrentado um mercado enfraquecido, com cotações menos favoráveis para o cereal.
Essa situação tem sido observada em diversas regiões produtoras do país, acompanhadas pelo Cepea. A expectativa é que os preços do milho continuem nesse patamar de enfraquecimento, ao menos no curto prazo, devido à continuidade do avanço da colheita e ao comportamento cauteloso dos compradores.
Esse cenário representa um desafio para os produtores de milho, que precisam gerenciar seus custos de produção e encontrar estratégias para enfrentar o mercado com preços menos atrativos. Além disso, a evolução da safra e as condições climáticas nos próximos meses serão determinantes para a oferta e a demanda do cereal, influenciando diretamente as cotações.
Nesse contexto, é fundamental que os agentes do setor acompanhem de perto as informações sobre a safra, os estoques e as tendências de mercado, a fim de tomar decisões embasadas e buscar alternativas para mitigar os impactos desse período de enfraquecimento dos preços internos do milho.