O Ministério da Agricultura reduziu a sua estimativa para o Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) em 2023 de R$ 1,179 trilhão previsto em junho para R$ 1,148 trilhão, com base nas projeções de safra de junho. Apesar da revisão para baixo, o valor, se confirmado, será 2,6% superior ao registrado no ano passado e recorde entre a série histórica iniciada em 1989.
Do total, a produção das lavouras deve responder por R$ 812,1 bilhões do VBP do setor, enquanto a pecuária tende a somar R$ 336,6 bilhões. Soja, milho, cana-de-açúcar, café e algodão devem responder por 82% do VBP das lavouras de 2023.
O maior crescimento anual do VBP, de 4,9%, deve vir da agricultura, impulsionado pela safra recorde de grãos e pelos ganhos de produtividade, segundo a pasta. Já o VBP da pecuária tende a recuar 2,4%, em virtude da retração da carne bovina e de frango, estima o Ministério.
Segundo o ministérios, os produtos com melhor desempenho neste ano são: amendoim (alta real prevista de 8,9% no VBP), arroz (+7,8%), banana (+14,3%), cana-de-açúcar (+11,9%), feijão (+19,0%), laranja (+27,8%), mandioca (+33,6%), milho (+3,9%), soja (+3,5%), tomate (+14,3%) e uva (+3,8%).
“Na pecuária, as maiores contribuições positivas vêm sendo dadas por suínos, leite e ovos. A balança comercial da pecuária mostra, de janeiro a junho, retração das carnes de -5,1% em dólares. Porém esse mercado mostra-se bastante favorável às transações de carne de frango e carne suína”, observou a pasta.
Os Estados com maior participação no VBP, de acordo com a pasta, são os que apresentam a liderança na produção de grãos, pecuária bovina e café – caso de Mato Grosso, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.