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Milho estável nos EUA

USDA promove irrisória reavaliação de colheita com milho nos Estados Unidos. Foi feito ligeiro corte de produção.

Milho estável nos EUA

Como não estava sendo desconsiderado pelo mercado, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) cautelosamente realizou um inexpressivo corte de projeção para a colheita de milho nos Estados Unidos (EUA). Em relatório mensal de oferta/demanda divulgado na manhã dessa terça-feira (10), o órgão reavaliou a produtividade média das lavouras no país 0,8% abaixo do relatório anterior, ainda mantendo-a 5,8% superior ao ano passado. A área a ser colhida foi mantida inalterada, cerca de 0,8% acima da safra passada.

A produção no país fica agora projetada em 328,2 milhões de toneladas, contra 330,7 milhões de toneladas no relatório anterior e 307,4 milhões de toneladas em 2008. O órgão também reduziu em 2,3% sua perspectiva de exportações de milho nos EUA. Os estoques finais locais para 2010 ficam reavaliados em 41,3 milhões de toneladas, contra 42,5 milhões de toneladas em 2009 e 41,3 milhões de toneladas em 2008. Na prática a situação de abastecimento para 2009/2010 nos EUA não se alterou em praticamente nada, mas mantendo-se ligeiramente abaixo da reportada em 2008/09. Por isso, a tendência continua sendo de preços em Chicago mais elevados nesta nova temporada.

Mas obviamente que uma certa decepção dominou hoje boa parte dos operadores, já que o mercado nos últimos dias indiretamente se preparava para algum corte maior de produção nos EUA. O contrato de dezembro de 2009 em Chicago chegou a recuar 1,8% durante o dia, mas também chegando a operar em alta de 1,3%, a US$ 153,94/tonelada, no melhor nível desde 26 de outubro. O fato é que as colheitas nos EUA continuam extremamente atrasadas, tendo alcançado apenas 37% até no último domingo, contra 69% no ano passado e 82% na média histórica para o período. O clima permanece seco e com boas temperaturas médias ainda nesta semana, o que deverá continuar contribuindo para o avanço das colheitas no país. Mas o quadro ainda é de risco. No mercado brasileiro, o panorama é de firmes preços, porém, com mínimas alterações nas perspectivas futuras. O dólar subiu um pouco no dia, anulando a tendência negativa do mercado norte-americano. Mas nos portos a indicação oscila ao redor de apenas R$ 17,30/saca FOB, valor teoricamente insuficiente para favorecer qualquer grande recuperação de preços nas regiões produtoras.