O plantio de soja está na reta final e agora a preocupação é com a ferrugem asiática que já foi detectada em quatro municípios da região de Campo Mourão, no Paraná. O Estado tem sete casos, sendo que cinco estão em municípios próximos a região: Barbosa Ferraz (01), Boa Esperança (01), Engenheiro Beltrão (01) e Mamborê (02). Os casos estão relacionados à soja voluntária. Em lavoura comercial foi detectada a doença em Cascavel.
Os casos são confirmados pelo Consórcio Antiferrugem, da Embrapa/Soja.
A confirmação do fenômeno El Nino, e a previsão de chuvas regulares e intensas pelo menos até dezembro, favorecem o aparecimento antecipado e a disseminação da doença. No ano passado os agricultores fizeram tratamento adequado e com o clima menos favorável, a doença não causou muitos problemas. A recomendação da assistência técnica é para que os produtores aumentem a atenção neste ano.
De todas as doenças que atacam a soja, a ferrugem asiática é a que mais causa danos, sendo que as perdas podem chegar a 90% da lavoura. As lavouras cultivadas em meados de setembro já estão entrando em fase reprodutiva da planta (após floração). “A partir dessa fase aumenta a probabilidade de ocorrência da doença, por isso há a necessidade de monitoramento constante destas aéreas. O produtor deve estar atento para fazer o controle químico da doença no momento correto, evitando prejuízos econômicos e a disseminação da doença”, enfatiza a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja.
De acordo com a pesquisadora, as condições climáticas no inverno propiciaram a sobrevivência de plantas voluntárias e do fungo causador da ferrugem, o que pode estar favorecendo o aparecimento precoce da doença já nas primeiras lavouras em florescimento.