A crise internacional afetou economias do mundo inteiro em 2009. Diversos setores entraram em recessão e na suinocultura não seria diferente. Para Alexandre Rosa, diretor superintendente da Agroceres PIC, a crise afetou a competitividade do mercado mundial de carnes. “Com a crise, medidas protecionistas de diversos países prejudicaram as exportações das carnes, incluindo a carne suína”, afirma. Rosa também destaca a taxa cambial do dólar, que prejudicou a rentabilidade dos produtores. “A valorização do real diminuiu a competitividade do nosso produto, além disso, os valores internacionais de tonelada suína caíram drasticamente”, opina Rosa. “O Brasil foi afetado duas vezes”.
Rosa lembra que o final de 2008 foi bastante favorável para o setor suinícola, com muita rentabilidade. Segundo ele, tal fato influenciou no aumento de alojamentos. “Com a crise, este aumento refletiu diretamente na oferta de suínos no mercado no meio de 2009, gerando a queda das cotações”, diz.
Mercado Interno- O dirigente da Agroceres viu, em dois momentos, a perda da rentabilidade do suinocultor no mercado interno. No primeiro semestre, o consumo da carne suína diminuiu devido a um excesso de oferta de carne bovina no mercado doméstico. “A população vai para carne mais em conta”, explica. “Já no segundo semestre, com o aumento da oferta interna, influenciada pelo alojamento suíno, fez as cotações da carne entrarem em queda, prejudicando o suinocultor”.
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Para 2010, Rosa acredita que o segundo semestre vai ser melhor para a suinocultura brasileira. “Acho que o produtor deve estar muito atento a ganhos produtivos e buscar coordenar sua oferta”, finaliza.
