Em julho, o volume de carne suína exportada registrou a mais forte redução deste ano, de quase 35%. No período, foram embarcadas apenas 30 mil toneladas de carne suína in natura, segundo dados da Secex. Essa redução foi o reflexo efetivo da proibição das importações pela Rússia em meados de junho – esse país é o maior comprador da carne brasileira e o volume das suas compras possui grande impacto nos resultados do setor. Num primeiro momento, com a notícia da proibição, compradores russos se apressaram no reabastecimento de seus estoques antes do embargo, resultando em aumento dos embarques em junho.
Quanto ao preço da carne em reais, considerando-se a média do dólar a R$ 1,56 em julho, o valor recebido por quilo de carne vendida foi de R$ 4,29, ou seja, 10,6% menos que em junho, quando a média era de R$ 4,80/kg. Quanto à receita, a arrecadação foi de R$ 128,79 milhões, expressiva queda de 27%. Neste cenário, o mercado doméstico esteve mais atrativo aos vendedores de carne, segundo pesquisadores do Cepea. Isso porque, no correr de julho, houve expressivas valorizações da carne negociada no mercado atacadista de São Paulo. A carcaça especial suína foi negociada na média de R$ 4,18/kg em julho, valor bastante próximo do visto no mercado externo. Em junho, a diferença entre os valores do mercado interno e do externo era de 1,34 real e, em julho, passou a ser de apenas 11 centavos de reais.
Quanto aos preços dos últimos sete dias, entre 28 de julho e 4 de agosto, o quilo da carcaça comum no mercado atacadista da Grande São Paulo recuou 5,1%, passando para a média de R$ 4,08 nesta quinta-feira, 4.
Já os Indicadores do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ apresentaram variações pontuais. O ritmo de negociações é lento, com oferta reduzida de animais por parte dos vendedores e compradores com baixo interesse em novas aquisições. Os Indicadores de São Paulo e Paraná seguem recuando, 2,8% e 1,2%, respectivamente, indo para as médias de R$ 2,80/kg e R$ 2,43/kg nessa quinta. Já no Rio Grande do Sul, a média de preços do animal fechou a R$ 2,22/kg na quinta, alta de 1,8% em sete dias. Em Minas Gerais houve ligeiro aumento de 0,3% a R$ 3,22/kg e, em Santa Catarina, o preço do vivo permanece estável a R$ 3,35/kg.
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Indicadores de Preços do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ |
Carcaça Comum |
||||
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SP |
MG |
PR |
SC |
RS |
SP |
28/jul |
2,88 |
3,21 |
2,46 |
2,35 |
2,18 |
4,30 |
04/ago |
2,80 |
3,22 |
2,43 |
2,35 |
2,22 |
4,08 |
Var. Semanal |
-2,8% |
0,3% |
-1,2% |
0,0% |
1,8% |
-5,1% |
Fonte: CEPEA/ESALQ
Para maiores informações entre no site www.cepea.esalq.usp.br/suino