O Ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, fez um apelo para que a agricultura familiar tenha uma presença mais significativa no comércio internacional, destacando que apesar de representar 75% da produção agrícola do Brasil, essa parcela ainda tem uma participação modesta nas exportações em comparação com países como Itália, França e Alemanha, onde a agricultura familiar desempenha um papel mais destacado no comércio internacional.
Teixeira expressou essas ideias durante o lançamento da Política Nacional de Cultura Exportadora (PNCE) no Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). A PNCE foi estabelecida pelo Decreto Nº 11.593 em julho de 2023, com o objetivo de promover a cultura exportadora e aumentar o número de exportadores brasileiros, com ênfase nas micro, pequenas e médias empresas (MPMEs).
O ministro enfatizou que para aumentar a participação da agricultura familiar na balança comercial do Brasil, é essencial expandir a cobertura de assistência técnica e promover a integração dos pequenos produtores com as cooperativas. Ele mencionou que um programa robusto de assistência técnica está sendo desenvolvido em colaboração com o Ministério da Educação (MEC) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Além disso, ele ressaltou a importância do fortalecimento das cooperativas e a necessidade de envolvê-las no processo de exportação, visando uma participação mais ativa nas exportações.
O ministro também identificou oportunidades para produtos da sociobiodiversidade da Amazônia no mercado europeu, citando produtos como açaí, chocolate, cupuaçu, fármacos, e cosméticos. Ele enfatizou que atualmente, a presença da Amazônia nesse comércio é limitada, mas há potencial para desenvolver uma economia sustentável que aproxime a região com produtos ambientalmente responsáveis desse esforço de exportação.