O panorama das exportações de soja e milho do Brasil está atualmente em alta velocidade, no entanto, esse aumento significativo no fluxo de grãos está trazendo consigo desafios logísticos. O acelerado ritmo de embarques tem consequentemente gerado aumentos nos custos de frete e restrições na disponibilidade de espaços nos portos nacionais. Especialistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) afirmam que essa conjuntura tem afastado os vendedores do mercado spot interno, resultando em uma diminuição na liquidez das negociações dentro do país. Como resultado, os preços da soja têm apresentado variações sutis no dia a dia.
Nos portos, fontes consultadas pelo Cepea indicam queSantos (SP) está enfrentando limitações no recebimento de soja devido à sua capacidade de armazenamento. Como alternativa, as negociações têm sido mais ativas nos portos de Paranaguá (PR) e São Francisco (SC), embora para entregas programadas a partir de outubro de 2023. Os dados parciais da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) revelam que até a terceira semana de agosto, o volume de embarques de soja já atingiu a marca de 5,4 milhões de toneladas, representando uma média mensal 48,6% maior em comparação com agosto de 2022.