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Energia

Apagão: restrições na geração solar e eólica fragilizaram o sistema, apontam especialistas

Conjunto de eventos resultou no apagão que afetou 25 estados e o Distrito Federal

Apagão: restrições na geração solar e eólica fragilizaram o sistema, apontam especialistas

Uma atividade de manutenção em uma linha de transmissão e a redução na produção de energia eólica no Nordeste podem ter enfraquecido o Sistema Interligado Nacional (SIN), resultando no desligamento da linha operada pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), uma subsidiária da Eletrobras, na última terça-feira (15). A avaliação é de especialistas.

De acordo com um relatório preliminar do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o desligamento da linha Quixadá-Fortaleza II, no Ceará, foi o evento inicial que levou à interrupção do fornecimento de energia no país.

A restrição na geração solar e eólica foi realizada entre meia-noite e 8h28 da terça-feira (15), sendo seguida pelo desligamento da linha Quixadá-Fortaleza II às 8h30. Esse conjunto de eventos resultou no apagão que afetou 25 estados e o Distrito Federal.

“Essa restrição levou a uma redução na geração sincronizada, o que fez o sistema operar com uma capacidade de geração um pouco menor. O sistema já estava operando com pouca reserva de geração e, infelizmente, ocorreu o desligamento da linha de Quixadá para Fortaleza”, explicou José Filho, professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

Segundo um especialista da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Glauco Taranto, a perda de geração eólica pode ter sido um fator contribuinte para a separação do sistema elétrico nacional em três partes após o desligamento da linha de transmissão da Chesf.