Análise de Mercado – 11 de Maio
Suíno vivo
Embora represente pequena queda em volume, cerca de 5 % em relação a abril de 2009, ou mesmo na comparação com o primeiro quadrimestre do ano passado, o resultado das exportações, de 51.251 toneladas, deve ser visto como positivo. A recuperação de preços é muito significativa: houve um aumento de receita, no quadrimestre, de 13%, o que felizmente compensa a distorção cambial existente no Brasil.
“As exportações de abril e as do quadrimestre confirmam perspectiva de bom desempenho para 2010. Podemos até falar em ligeira melhora em relação ao que esperávamos no início do ano. Somente não deve ocorrer significativo aumento de volume exportado porque os embarques continuam sendo destinados aos mercados tradicionais, como a Rússia, que permanece como principal cliente”, afirma Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (ABIPECS).
Felizmente, em abril, fatos importantes ocorreram no andamento dos diversos processos de abertura de outros mercados:
1) Os EUA colocaram em consulta pública o estudo de análise de risco realizado em Santa Catarina, em 2008;
2) O Ministério da Agricultura respondeu aos questionamentos apresentados pela União Europeia em relatório concluído após missão veterinária realizada em 2009;
3) Durante a visita do presidente da China, Hu Jintao, reuniões importantes foram realizadas com o ministro Wang Young, da Aqsiq, órgão responsável pela supervisão e inspeção de qualidade daquele país;
4) A Coreia do Sul realizou sua primeira missão veterinária ao Brasil;
5) Foi agendada para a próxima semana, em Tóquio, reunião técnica da qual se espera que todas as dúvidas existentes sejam esclarecidas.
“A ABIPECS está otimista com o desenrolar de todas essas atividades, que devem trazer resultados concretos ainda em 2010”, diz Camargo Neto.
Nesta semana, o presidente da ABIPECS acompanha o presidente Lula em sua visita à Rússia, destino de quase 50 % do volume de carne suína exportado pelo Brasil. De Moscou, Camargo Neto viaja para Tóquio junto com o secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Ivan Ramalho. Na capital japonesa eles se encontrarão com o secretário de Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, Célio Porto, para reuniões técnicas no MAFF (Ministry of Agriculture, Forestry and Fisheries) e para o 13º Encontro entre o Keidanren e a Confederação Nacional da Indústria (CNI) – Joint Economic Corporation Committee Meeting.
Resumo das Exportações: O Brasil exportou, de janeiro a abril, 176,71 mil toneladas e obteve um faturamento de US$ 426 milhões. No período, houve uma queda de 6,40% no volume e um aumento de 12,91% em valor.
Para a Rússia, houve um pequeno crescimento (2,76%) das vendas em volume, em abril, e 46% de ampliação da receita. (Ver estatísticas em anexo)
Os principais destinos das exportações de carne suína, em abril, foram: Rússia, Hong Kong, Ucrânia, Argentina e Angola. Angola voltou a ser o 5º principal mercado; Cingapura caiu para o 6º lugar. (Suino.com)
GO R$2,80
MG R$2,80
SP R$2,93
RS R$2,47
SC R$2,30
PR R$2,40
MS R$2,15
MT R$2,30
Frango vivo
Para não dizer inexistentes, foram mínimos os efeitos do Dia das Mães sobre o mercado do frango vivo, já que o produto obteve naquela que é considerada “a segunda melhor semana de consumo do ano” apenas um breve reajuste de cinco centavos – insuficiente para reverter os resultados negativos que se acumulam nos últimos 30 dias, nos primeiros 130 dias de 2010 e nos 365 dias decorridos desde 10 de maio de 2009, este também um Dia das Mães.
Não se sabe qual será o comportamento do frango vivo nesta segunda-feira: o comportamento do mercado vai depender do nível de consumo registrado no final de semana. Mas, mantido o mesmo preço do último sábado, o produto comercializado no interior paulista registra, em 30 dias, variação negativa de 3,4% (R$1,45/kg em 10 de abril; R$1,40/kg no momento). E se considerada a média da primeira semana do mês (R$1,38/kg), o índice negativo é de 1,9% em relação à média de a bril (R$1,41/kg).
Já em relação ao valor registrado no último dia de negócios de 2009 (R$1,65/kg em 31 de dezembro), a remuneração ora obtida pelo produtor é 12% inferior, enquanto a média do ano registrada até o último sábado (R$1,53/kg) corresponde ao mais baixo valor médio dos últimos quatro anos.
Por fim, o preço médio até agora registrado em maio (R$1,38/kg) se encontra 14% aquém da média registrada há um ano (R$1,61/kg em maio de 2009). É, também, o menor valor médio mensal enfrentado pelo produtor nos últimos oito meses. (Avisite)
SP R$1,40
CE R$2,70
MG R$1,35
GO R$1,35
MS R$1,30
PR R$1,45
SC R$1,30
RS R$1,36
Ovos
Provavelmente pela primeira vez na história do setor, o Dia das Mães passou praticamente em branco pelo mercado de ovos. Ou seja: prenunciada logo no início da semana, a expectativa de firme recuperação naquele que é visto como o melhor momento de consumo do ano depois do Natal não se concretizou, pois os preços recebidos pelos produtores permaneceram estáveis na maior parte do período. Assim, embora o preço médio recebido na primeira semana do mês esteja 1,55% acima da média alcançada no mês anterior, abril de 2010, permanece 8,38% aquém da média registrada há um ano, em maio de 2009.
Registre-se, de toda forma, que o comportamento dos preços não foge, pelo menos no momento, ao comportamento histórico. Assim, por exemplo, na média dos 11 anos decorridos entre 1999 e 2009 o ovo alcançou no mês de maio valor correspondente a 103% do preço médio registrado em dezembro do ano anterior. Neste ano, a média registrada ( por ora) em maio está quase quatro pontos percentuais acima da média histórica.
Mesmo isso, porém, não afasta a constatação de que o preço médio alcançado no ano permanece 2,5% aquém do obtido no decorrer de 2009, além de apresentar o menor valor dos últimos quatro anos. (Avisite)
Ovos brancos
SP R$38,00
RJ R$39,00
Ovos vermelhos
MG R$40,00
RJ R$41,00
SP R$41,00
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 81,04, com a variação em relação ao dia anterior de -0,22%. A variação registrada no mês de Maio é de 0,14%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 45,71, com a variação em relação ao dia anterior de 4,08% e com a variação de -1,89% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Triangulo MG R$76,00
Goiânia GO R$78,00
Dourados MS R$77,50
C. Grande MS R$76,00
Três Lagoas MS R$77,50
Cuiabá MT R$77,00
Marabá PA R$72,00
Belo Horiz. MG R$74,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 35,44. O mercado apresentou uma variação de -1,77% em relação ao dia anterior. O mês de Maio apresenta uma variação de 1,87%.
O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 19,99, com a variação em relação ao dia anterior de 2,46%, e com a variação de -0,2% no acumulado do mês.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$38,50
Goiás – GO (média estadual) R$34,00
Mato Grosso (média estadual) R$32,00
Paraná (média estadual) R$35,44
São Paulo (média estadual) R$38,00
Santa Catarina (média estadual) R$36,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$33,50
Minas Gerais (média estadual) R$36,00
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 18,49 a saca. O mercado apresentou uma variação de 1,51% em relação ao dia anterior e de 2,53% no acumulado do mês de Maio.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 10,43, com uma variação de 5,86% em relação ao dia anterior, e com a variação de 0,45% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$14,50
Minas Gerais (média estadual) R$15,50
Mato Grosso (média estadual) R$10,50
M. Grosso Sul (média estadual) R$15,00
Paraná (média estadual) R$16,50
São Paulo (média estadual) R$18,49
Rio G. do Sul (média estadual) R$19,50
Santa Catarina (média estadual) R$19,00