Num mercado indefinido, os preços do vivo e da carne têm registrado movimentos distintos entre as regiões acompanhadas pelo Cepea. Diante desse cenário, agentes do setor têm buscado fundamentos que auxiliem quanto ao comportamento das cotações no curto e longo prazos.
No curto prazo, agentes têm expectativas de que os preços fiquem, pelo menos, mais firmes nas próximas semanas, fundamentados no aquecimento típico da demanda em início de mês. A longo prazo, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), em conjunto à Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), divulgou estimativas para o setor.
Os dados indicam que, entre 2011 e 2020, a produção brasileira das três carnes (suína, bovina e de frango) deve aumentar, em média, 25%. Para a carne de frango, especificamente, o estudo aponta que a produção brasileira pode chegar a ser 30% maior em 2020/2021 frente à atual, passando de 12,1 para 15,7 milhões de toneladas.
Quanto à demanda, ainda segundo relatório do Mapa/Embrapa, os embarques do produto devem crescer 33,7%, ao passo que o mercado doméstico passará a consumir mais 10,6 milhões de toneladas do produto – atualmente, o mercado interno absorve 8,2 milhões de toneladas da carne.
No atacado de SP, por ora, o frango inteiro congelado e resfriado voltaram a recuar no acumulado de sete dias, principalemente pela menor demanda na segunda quinzena do mês. A desvalorização foi maior para a carne congelada, de 3,2%, indo para a média de R$ 2,42/kg na sexta-feira, 24. Quanto à carne resfriada neste mercado, houve queda de 2,5% para R$ 2,32/kg. Em outros estados, o mercado esteve indefinido, com aumento em algumas regiões e quedas em outras.
Atacado do Estado de SP |
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Frango Inteiro Congelado |
Frango Inteiro Resfriado |
17/jun |
2,50 |
2,38 |
24/jun |
2,42 |
2,32 |
Var. Semanal |
-3,2% |
-2,5% |
Atacado, média (R$/kg) das regiões de São Paulo, São José do Rio Preto e Descalvado
Fonte: CEPEA/ESALQ
Para maiores informações entre no site www.cepea.esalq.usp.br/frango