Comentário Cepea: Análise do Mercado de Suínos

Entrar no mercado chinês é o “sonho” da maioria dos exportadores, inclusive dos de carne suína brasileira. Em abril, foi firmado um acordo que autorizava, inicialmente, três frigoríficos brasileiros a exportar para o país. Esse acordo entra em vigor no final de outubro, e as expectativas, segundo a Abipecs, são de que sejam embarcadas cerca de 50 mil toneladas de carne suína nos primeiros 12 meses. De acordo com relatório de setembro do USDA, a previsão de consumo total de carne suína pelos chineses para 2012 é de 51,5 milhões de toneladas, aumento de quase 4% se comparado com o montante estimado para 2011, de 49,7 milhões de toneladas. Em relação ao consumo per capita, a expectativa é que aumente de 37 kg/habitante em 2011 para 38 kg/habitante em 2012. Por outro lado, os problemas sanitários e o baixo preço pago pelo animal ao produtor chinês no primeiro semestre de 2010, ocasionaram a redução do abate de suínos naquele país. Como resultado, os preços aumentaram recentemente e a demanda segue firme, combinação promissora para os exportadores brasileiros. Quanto aos preços do animal no mercado brasileiro neste início de outubro, o movimento seguiu distinto entre as regiões acompanhadas pelo Cepea.

Em relação aos Indicadores de preços do Suíno Vivo CEPEA/ESALQ, entre 6 e 13 de outubro, a maior variação (3,4%) foi observada em Minas Gerais, com o animal comercializado a R$ 3,07/kg. No estado de São Paulo, o Indicador teve elevação de 0,7%, com preço médio de R$ 2,70/kg. A carcaça comum negociada no atacado da capital paulista valorizou 1,3%, a R$ 4,04/kg.

Em Santa Catarina, a média de preços aumentou 0,4%, a R$ 2,29/kg e, no Paraná, o Indicador permanece a R$ 2,32/kg. Já no Rio Grande do Sul, o Indicador recuou 1,8%, com o animal negociado na média de R$ 2,19/kg.