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Alta do milho

Preços de trigo e milho têm fortes valorizações nas bolsas americanas. Controle de preços de commodities deve ser discutido.

Alta do milho

O atraso do plantio de trigo em áreas das Planícies do nordeste dos Estados Unidos alimentou preocupações em relação ao futuro da produção no país e impulsionou as cotações do cereal na quinta-feira nas bolsas americanas. Em Chicago, os contratos para setembro – que ocupam a segunda posição de entrega, normalmente a de mais liquidez – encerraram o pregão a US$ 8,63 por bushel (27,2 quilos), alta de 17,50 centavos de dólar. Com isso, mostram cálculos do Valor Data, a valorização da segunda posição em 2011 chegou a 5,15%; em 12 meses, a alta atinge 80,17%.

O milho também subiu em Chicago por conta de notícias ligadas ao clima em regiões dos EUA. Nesse caso, porém, o problema não é a estiagem nas Planícies, mas o excesso de chuvas em regiões do Meio-Oeste. De qualquer forma, os futuros de segunda posição (setembro) subiram 3,50 centavos de dólar e fecharam a US$ 7,1825 por bushel (25,2 quilos). De acordo com o Valor Data, a segunda posição do milho na bolsa de Chicago acumula ganhos de 12,84% no ano e de 88,52% em 12 meses. A soja seguiu a trilha e trigo e milho.

Cautela ante intervenções nas cotações

.O controle dos preços das commodities agrícolas no mercado internacional voltará a ser discutido a partir de 21 de junho no chamado G-20 Agrícola. O grupo discutirá mecanismos para evitar que movimentos financeiros possam agravar altas dos preços globais dos alimentos. O Brasil é contra medidas que possa interferir diretamente na formação dos preços, como a criação de estoques reguladores. Mas o país não será contra certos tipos de regulações que possam ser impostas pelo lado financeiro. A França foi o primeiro país a defender uma ação mais agressiva no sentido de evitar uma escalada dos preços internacionais, mas a posição tem sido revista.

“A proposta francesa avançou e hoje se estuda o efeito que a financeirização tem sobre os preços dos alimentos”, disse o ministro da Agricultura, Wagner Rossi, em evento em São Paulo. O presidente da BM&FBovespa, Edemir Pinto, acredita que alguns países terão que fazer ajustes regulatórios. Mas ele lembrou que grandes centros de liquidez do mundo já exercem uma regulação sobre seus mercados, como a limitação de posições em aberto de determinados tipos de participantes. Pinto aproveitou evento em São Paulo para informar que o mini contrato de soja negociado na bolsa de Chicago passará a ser listado na bolsa brasileira até o fim do terceiro trimestre do ano.