Os contratos futuros de trigo e da soja dos Estados Unidos subiram para máximas em mais de nove anos nesta quarta-feira, com a escalada das tensões entre Rússia e Ucrânia influenciando os mercados.
No caso da soja, uma alta nos preços dos óleos vegetais também ajudou a sustentar o mercado, além de perspectiva de maior demanda pelo grão dos Estados Unidos, uma vez que os prêmios no Brasil subiram.
Rússia e Ucrânia ainda são os principais fornecedores globais de trigo, o que desencadeou compras de fundos e técnicas. O milho também tocou máximas de diversos meses.
Na bolsa de Chicago, o trigo soft vermelho de inverno para maio subiu 32,25 centavos de dólar para 8,8475 dólares o bushel, após tocar o pico de 8,8875 dólares, a máxima para o contrato mais ativo desde dezembro de 2012.
A soja para maio encerrou em alta de 36 centavos de dólar a 16,71 dólares o bushel, depois de atingir o pico a 16,75 dólares, a máxima para o contrato mais ativo desde setembro de 2012.
A soja continua bem apoiada pelas más condições de colheita em partes da América do Sul, embora as chuvas previstas para áreas secas da Argentina e do Sul do Brasil esta semana tenham oferecido algum alívio.
O USDA deve divulgar sua perspectiva para a área de soja dos EUA em 2022 na quinta-feira.
Analistas consultados pela Reuters, em média, esperam 89,2 milhões de acres.
O milho para maio ganhou 8,75 centavos de dólar (USDBLR) para 6,8125 dólares o bushel, um nível não atingido por um contrato mais ativo desde junho.
A Ucrânia declarou estado de emergência na quarta-feira e disse a seus cidadãos na Rússia que voltassem para casa, enquanto Moscou começava a evacuar sua embaixada em Kiev. Vários governos ocidentais impuseram sanções à Rússia esta semana.