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Biodigestor

A experiência de um produtor que adotou o sistema e hoje economiza R$ 5 mil por mês em energia elétrica.

Redação SI 18/02/2004 – 11h15 – Há pouco mais de um ano, quando decidiu investir na instalação de um biodigestor em sua granja de suínos, o empresário rural Milton Becker, de Marechal Cândido Rondon (PR), conseguiu mais do que dejetos. Com a instalação do biogás (gás  metano) gerado pelo sistema, veio também a autosuficiência da propriedade na produção de energia elétrica.

“Para nós, o gás era considerado apenas como um subproduto da biodigestão”, conta o empresário, lembrando que o foco principal do projeto sempre foi a questão ambiental, uma preocupação sempre presente na suinocultura. Mas o fato é que este “subproduto” hoje gera uma economia de energia elétrica para a propriedade que beira os R$ 5 mil reais por mês. Becker prefere não falar em números totais, mas acredita que, com a transformação do biogás em eletricidade, o retorno do capital investido acontecerá num prazo de apenas três anos.

Estrutura da granja

A granja Becker possui 1.700 matrizes e precisava readequar seu sistema de tratamento de resíduos, algo em torno de 100 metros cúbicos diários. De acordo com Roberto Carlos Priesnitz, engenheiro agrícola responsável pelo projeto do biodigestor, as seis lagoas de tratamento da propriedade de 12 hectares já haviam chegado ao limite e era preciso encontrar uma alternativa. A formação do gás dentro do biodigestor possibilita uma redução de até 60% do volume de dejetos, justifica Priensnitz.

A produção de energia elétrica é relativamente simples. O gás sai do biodigestor através de canos para alimentar um motor comum de veículo (no caso da Granja Becker, um motor de Santana 1.8, da Volkswagem) e este move um gerador elétrico. Na granja, a energia elétrica movimenta diversos equipamentos, como motores e bombas, sem falar na iluminação. Além disso, a propriedade conta ainda com uma fábrica própria de ração.