Redação SI 17/09/2004 – As mudanças econômicas, políticas e ambientais geraram novos fatores que os produtores julgavam irrelevantes e que na atualidade tornam-se fundamentais para a sobrevivência da pecuária intensiva, como por exemplo, a conscientização meio-ambiental.
O Presidente da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais, José Arnaldo Penna, destacou durante visita ao estande da Uniquímica na XXIV Festa do Frango e da IV Festa do Suíno, em Pará de Minas, a importância da ampliação da consciência meio-ambiental por parte dos produtores. Atualmente na suinocultura é muito importante que todos se atentem aos detalhes meio-ambientais, pois do contrário, a atividade se torna impraticável, afirmou.
Os dejetos provenientes da produção animal quando não recebem um tratamento adequado são potencialmente prejudiciais ao meio ambiente e ao homem, influenciando negativamente na qualidade de vida do homem do campo e também no bem estar na população localizada em regiões produtoras de suínos, aves e bovinos.
Atualmente, os sistemas tradicionais de tratamento dos dejetos, constituídos por esterqueiras são de baixa eficácia na redução do potencial poluidor dos dejetos e ainda intensifica os graves inconvenientes à produção, como proliferação de moscas, odor, etc, gerando poluição do meio-ambiente, da água e do ar.
Penna destacou o trabalho desenvolvido pela Uniquímica com as “Soluções Tecnológicas Uniquímica para tratamento dos dejetos”. “A utilização dos biodigestores está transformando degradação ambiental em economia e rendimentos aos produtores, uma vez que se deixa de gastar com gás para o aquecimento de leitões e também se produz energia elétrica para a granja”, destacou. “Esta é uma prática que acredito veio para ficar e auxiliar o produtor, propiciando sustentabilidade à suinocultura”, afirmou o presidente da Asemg.
Segundo o pesquisador e técnico da Uniquímica, Marcus Cazarré, responsável pela implantação dos sistemas nas granjas, existem vários benefícios com esta nova filosofia meio-ambiental. “Podemos dizer que foi encontrado petróleo na suinocultura e avicultura. Além da energia elétrica que os projetos de Biodigestão geram, sobra um excedente muito grande de energia que está sendo utilizado para o aquecimento de leitões e frangos. Existem propriedades que estão consorciando o Biofertilizante com pastagens obtendo excelentes resultados. Existem também junto aos projetos de Biodigestão a possibilidade do produtor participar no Mecanismo de Desenvolvimento Limpo com a venda de créditos de carbono, embora existe uma série de requisitos que o produtor necessita para se adaptar a tais projetos.”, destacou.
Cazarré ainda lembra que os Estados Unidos irão consumir nos próximos anos 5 milhões de toneladas de carne a mais que hoje. Isso representa o dobro da nossa produção na suinocultura (em torno de 2 milhões de toneladas de carne suína/ano). “Para o Brasil isto representa muitas divisas. E cada vez mais os produtores terão de estar com suas propriedades de acordo com a legislação ambiental vigente, para que possam concorrer neste mercados futuros. Cada vez mais haverá pressão para o produtor se enquadrar, não somente com relação a dejetos mas também com a preservação das matas ciliares e conservação dos mananciais d`água”, destacou o pesquisador da Uniquímica.
De acordo com o Gerente da Fazenda São Paulo, em Oliveira, MG, Ricardo Bonna, com a implantação das “Soluções Tecnológicas Uniquímica para tratamento dos dejetos”, a Uniquímica ofereceu a resposta a um dos principais problemas da suinocultura e ainda, gerou economia. “Deixamos de gastar com a compra de gás para o aquecimento dos leitões e todo o projeto já estava pago em apenas um mês e meio”, afirmou Bonna.
A Fazenda São Paulo conta hoje com 3.500 matrizes. “É preciso lembrar que amanhã nossos filhos e netos vão precisar de água pura e ar limpo para sobreviver, e não podemos permitir que a suinocultura seja um agente poluidor”, destacou.
De acordo com o produtor Carlos Alberto de Oliveira, da cidade de Pará de Minas, MG, é importante que todos se conscientizem da necessidade da preservação ambiental. “Sabemos que daqui há muito pouco tempo, teremos sérios problemas de falta dágua e não quero que meus netos me culpem por isso”, afirmou.
Oliveira também implantou em sua granja com 100 matrizes as “Soluções Tecnológicas Uniquímica para tratamento dos dejetos”. “E estou amplamente satisfeito, pois deixo de gastar com a compra de gás, gero energia elétrica e ainda deixo de poluir o meio ambiente. É perfeito”, avaliou.