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Avicultores e suinocultores paranaenses têm novos prazos de financiamento

Produtores de aves e de suínos comemoram uma resolução do Banco Central assinada em dezembro, através da qual o Conselho Monetário Nacional (CMN) ampliou de cinco para até oito anos o prazo de reembolso para os financiamentos destinados à avicultura e à suinocultura.

Redação (11/01/06) – A resolução é aplicada aos financiamentos com até dois anos de carência. O benefício também se estende à suinocultura. O limite de valor dos financiamentos por cliente, no período de 1 de julho de 2005 a 30 de junho de 2006, é de até R$ 200 mil nos casos de empreendimentos individuais. Para empreendimentos coletivos, o limite de valor dos financiamentos é de até R$ 600 mil.

O presidente do Sindicato das Indústrias Avícolas do Paraná (Sindiavipar) e da holding Unifrango, Domingos Martins, afirmou que em 2004 estas duas entidades apresentaram ao governo do Estado um projeto de modernização da avicultura no Paraná. A idéia foi encaminhada ao governo federal. Após uma série de discussões, foi definida a resolução assinada em dezembro.

Martins acredita que a ampliação do prazo criará condições para que o setor invista em aumento de produção. “Antes, não tínhamos uma linha de crédito adequada para o incremento da avicultura”, comentou Martins. “Esta resolução beneficiará principalmente os pequenos produtores. Iremos fazer reuniões com nossos parceiros para discutir a modernização do setor”.

“As novas condições de financiamento permitirão que sejam construídos mais aviários e modernizadas as estruturas, com aquisição de novos equipamentos”, disse Alfredo Kaefer, presidente da Associação dos Abatedouros e Produtores Avícolas do Paraná (Avipar). Segundo Kaefer, o Paraná é o Estado brasileiro que mais produz aves de corte, com aproximadamente 80 milhões de aves abatidas por mês, o que representa um quarto da produção nacional do setor.

João Batista Manfio, presidente da Comissão de Suinocultura da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) e integrante da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), afirmou que a resolução abre novas perspectivas para o setor.

“De repente, o suinocultor que planejava um financiamento para construção de um chiqueiro de engorda para mil suínos, pode aumentar o projeto para um local com capacidade para 1.200 suínos”, explicou Manfio. “Mas temos sempre a preocupação de alertar as empresas para que tenham cautela, para que não haja excesso de produção e queda nos preços”.

A Faep informou que, baseada na resolução, irá solicitar novo escalonamento para as dívidas vigentes dos setores de bovinocultura, suinocultura e avicultura.