Redação (14/02/06) – Fartamente ilustrado, o guia explica minuciosamente o tema em onze capítulos: por que realizar a inseminação artificial, rentabilidade, garantia sanitária, quando e como inseminar, o uso do macho para o diagnóstico do cio, momento da inseminação, como conservar o sêmen, preparação do sêmen e do material para a inseminação, procedimento para introdução do cateter, duração da inseminação e remoção do cateter.
“Ao lado da assistência técnica das cooperativas, essa publicação é um importante instrumento de capacitação do suinocultor”, observa o gerente de melhoramento genético da Coopercentral Aurora, Alderi Miguel Crestani.
A inseminação artificial surgiu em 1925 na Rússia, foi aperfeiçoada em 1931 nos Estados Unidos, mas foi adotada comercialmente no Brasil somente em 1975 com a comercialização de sêmen através das duas primeiras centrais de inseminação artificial, localizadas em Concórdia (SC) e Estrela (RS). No país, representa 5% da reprodução dos rebanhos de suínos; significando que 95% da multiplicação dos planteis ainda é feita por monta natural. Na Europa, 60% das coberturas das fêmeas processa-se artificialmente.
A Coopercentral Aurora adotou a inseminação artificial em 1978 com a construção interna de uma pequena central de coleta de sêmen em uma de suas granjas núcleo. Mas o grande impulso foi dado com a construção da primeira central em 1996 no município de São Miguel do Oeste, em parceria com ACCS e Cooper São Miguel. Seguiu-se a instalação das centrais de Chapecó (1997), Concórdia (1999) e Joaçaba (2000). As quatro centrais estão localizadas estrategicamente nas áreas de maior produção de suínos de Santa Catarina, sendo que a maior distância entre elas e as propriedades rurais atendidas não é superior a 90 quilômetros.
Vantagens
O armazenamento e transporte do sêmen é feito em caixas térmicas até os postos de redistribuição, localizadas em pontos estratégicos nos municípios e comunidades. O sêmen é resfriado e chega aos produtores no mesmo dia ou no máximo em 12 horas após a coleta.
As vantagens do método artificial são muitas: rápido melhoramento genético, menor custo com machos, melhor uso de machos geneticamente superiores, controle de enfermidades, eliminação da diferença entre peso de machos. O resultado é mensurado na indústria, onde o animal com melhor índice (peso da carcaça e percentual de carne magra) proporciona maior remuneração ao suinocultor.
Cada macho, em condições normais de monta natural, serve a 15 fêmeas em média, enquanto que, com o uso da inseminação artificial, este mesmo macho serve até 130 fêmeas. O macho proporciona três coletas semanais que produzem de 15 a 18 doses por coleta, resultando 3 bilhões de espermatozóides por dose. Cada coleta rende em média 360 ml de sêmen. (fonte: MB Comunicação)