Redação (07/03/06) – A cooperativa acaba de adiar um investimento de R$ 100 milhões que iria duplicar o abatedouro em Maravilha (SC), de 140 mil aves por dia para 280 mil aves. No campo, o investimento geraria mais 600 aviários, com capacidade de 12 mil frangos cada um.
A expansão da unidade ficou para o próximo ano e foi reavaliada diante da redução do consumo de frangos no mundo, especialmente na Europa, em virtude da proliferação da gripe de aves. A partir de abril, a Aurora planeja nova diminuição no abate. Vai parar um ou dois dias no mês. A cooperativa conta com dois abatedouros de aves, um em Maravilha e um em Quilombo (SC), ambos com a mesma capacidade de produção.
Apesar destas medidas, Pedrozo afirma que as exportações de frangos da Aurora, que chegam a 25% da produção, vão se repetir ou até aumentar em 2006. No ano passado, as carnes de aves responderam por R$ 175,6 milhões das receitas totais, com exportações que somaram R$ 431,7 milhões.
Pedrozo espera normalidade no mercado já no segundo semestre. Ele diz que o problema é temporário e a população não vai deixar de comer carne de frango por muito tempo. “Acredito também que as autoridades encontrem um caminho para combater a gripe aviária”, diz. No mercado interno, Pedrozo afirma que o quilo do frango está baixando e vai chegar a R$ 1,00 para o consumidor. A conseqüência será um aumento significativo da demanda interna. “Como foi no plano Real, quando o frango foi considerado a âncora do projeto”, diz.
Na semana passada, foi a vez da Avipal anunciar a suspensão do abate por um mês em razão dos elevados estoques.