Redação (08/01/2008)- Após um ano de "conquistas", com um orçamento de R$ 1,155 bilhão e o retorno a sua média histórica de investimentos em pesquisas, a estatal Embrapa programa para 2008 grandes transformações institucionais. A principal será a implantação do Plano de Fortalecimento e Crescimento – o PAC-Embrapa, demanda do presidente Lula para azeitar a instituição até o fim de seu mandato.
O plano prevê o aumento de cerca de R$ 500 milhões no orçamento anual da empresa nos próximos três meses. O dinheiro será destinado à ampliação do quadro de pessoal para 10.200 empregados, contratação e capacitação de pesquisadores, à consolidação da Embrapa Agroenergia e ao reforço de sua atuação internacional.
"A Embrapa precisa retomar o modelo de empresa pública com estrutura mais ágil e flexível (…), reforçando sua agenda de inovação para manter o seu patamar histórico de excelência em pesquisa e desenvolvimento", afirmou o diretor-presidente, Silvio Crestana, de acordo com a assessoria de imprensa da empresa.
Os números positivos de 2007 embasam o otimismo mostrado por Crestana. "Chegamos a um momento de visibilidade, prestígio e responsabilidade", diz ele.
Os investimentos diretos em pesquisas têm tido curva crescente. Os 463 projetos de pesquisa em 2005 subiram para 482 em 2006 e pularam para 696 no ano passado. Em termos nominais, representaram uma alta de R$ 31,4 milhões para R$ 45,5 milhões no período.
Outros R$ 71,49 milhões foram gastos em investimentos de outra ordem: R$ 25,79 milhões para obras e instalações e R$ 45,7 milhões para a aquisição de máquinas, veículos e equipamentos.
Entre os destaques nos empreendimentos, sempre segundo a assessoria de imprensa da empresa, estão a construção da Sede da Embrapa Monitoramento por Satélite, em Campinas (SP), e a criação do Laboratório de Nanotecnologia, na Embrapa Instrumentação Agropecuária, em São Carlos (SP).
"Hoje somos uma referência de modelo institucional, mas ainda temos um longo caminho pela frente", diz Crestana, que assumiu o comando da empresa em 2005. Uma das soluções, diz, é manter os recursos do Estado e buscar recursos via parcerias público-privadas.