Maggi lembra que, além da Bunge, mais duas unidades estão em construção: uma pertencente ao Grupo AMaggi, em Lucas do Rio Verde, e outra da Cargill, em Primavera do Leste. Os três investimentos somam R$ 600 milhões, de acordo com o governador. "As esmagadoras estavam concentradas no sul do Estado e agora estão sendo instaladas em regiões de grande produção agrícola e sem tradição na industrialização", observou.
Maggi ainda enumerou diversos empreendimentos que serão instalados no Estado a partir deste ano, como a Santana Têxtil, que deve dobrar sua capacidade de produção, a Cervejaria Crystal e a paranaense Big Frango, que se instalará em Primavera do Leste. A Sadia deve construir nova unidade em Campo Verde e a Perdigão deve ir para Nova Marilândia. Os frigoríficos Bertin e Friboi também devem investir no Estado, o primeiro em Diamantino e o segundo em Sorriso, com uma unidade de bovinos e suínos. "São todos projetos com protocolos assinados", afirma o governador.
Apesar dos fortes investimentos da agroindústria, a questão logística continua a preocupar. Mato Grosso tem um dos maiores custos de transporte do País, com os piores gargalos no norte do Estado. Uma das principais reivindicações dos empresários é a extensão da rodovia BR-163 pelo Pará, para o escoamento dos produtos pelos portos da região Norte. "Sabemos que a BR-163 está sobrecarregada e o Estado vai executar parte das obras", disse Maggi. A rodovia é uma das incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal.