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Criadores de suínos não conseguem entregar animais em MG

Outro fator que está atrapalhando o setor é o custo dos insumos alimentares no mercado.

Redação (29/01/2008)- Há 10 anos no mercado produzindo insumos para nutrição de suínos, a Cooperativa dos Produtores Rurais do Oeste de Minas Gerais (Cooperoeste) entrou, recentemente, no mercado de nutrição de bovinos. Com uma produção mensal de 180 toneladas de produtos para suínos, a cooperativa está iniciando a fabricação de ração para bovinos com 30 toneladas mensais. A Cooperoeste iniciou suas atividades com nutrição de animais visando oferecer maior suporte ao produtor. Os criadores encontram na coopertiva toda a ajuda necessária sem custos adicionais. "Estamos entrando no segmento de bovinos para ampliar a abrangência e incrementar os serviços. Na linha de suínos disponibilizamos cerca de 15 produtos e, para bovinos, 10", afirmou o gerente Operacional da cooperativa, Marcelo Sanches.

Com 57 cooperados da região Oeste de Minas, os criadores de suínos estão passando por uma fase na qual não estão conseguindo cumprir seus compromissos de entrega dos animais. "Para a próxima semana estou com 50% dos animais que deveriam ser entregues aos frigoríficos. Normalmente, por semana, entregamos cerca de 1,7 mil animais. Até o momento devo ter apenas 900 para serem repassados", salientou ele. A região de Pará de Minas conta com um plantel de aproximadamente 19 mil matrizes, sendo que 12 mil são de cooperados da Cooperoeste. "No final do último ano as vendas foram antecipadas, quando o preço do quilo do animal estava a R$ 3,25 em dezembro. Atualmente, esse valor registrou baixa e o quilo está cotado em R$ 2,75", observou.

Insumos: Outro fator que está atrapalhando o setor é o custo dos insumos alimentares no mercado, que estão onerando os gastos do produtores e refletindo diretamente no peso do plantel. "Mesmo com os preços altos, muitos produtores se adiantaram e estavam preparados para enfrentar o desabastecimento de insumos, como o milho. Ainda assim, as chuvas não ajudaram e a situação começou a ficar difícil. Normalmente, se entrega um animal com peso entre 90 quilos e 100 quilos. Hoje o animal está com peso médio de 85 quilos", comparou.

Para 2008, Sanches espera um ano melhor que 2007, mesmo com os grãos apresentando altos preços no mercado. "Estamos contando com a próxima safra e com a perspectiva de abertura das exportações de carne suína para a Rússia, que deverão elevar o preço do produto no mercado interno", projetou.