Redação (06/02/2008)- O balanço de janeiro indica um começo de ano bastante complicado para o mercado de frango vivo. Ao fechar na última quinta-feira (31/01) a R$ 1,45
O analista da Safras & Mercado, Eduardo Sarmento, afirma que a queda nos preços já era esperada para o mês, mas não em intensidade tão grande como a verificada
Uma das razões para uma oferta tão acentuada está relacionada aos alojamentos de pintos de corte de dezembro, que ficaram em 451,775 milhões de cabeças, o segundo maior volume produzido no ano, abaixo apenas das 463,4 milhões de cabeças produzidas em outubro de 2007. "Houve um incremento de 11,44% sobre os alojamentos de dezembro de 2006 e de 4,7% em relação a novembro último, segundo informações da Associação Brasileira de Pintos de Corte (Apinco), o que acabou influenciando o mercado interno no mês de janeiro e deve trazer algum reflexo em fevereiro também", explica.
A Apinco indica que ao longo de
Sarmento destaca que a menor procura por frango em janeiro não se restringe apenas ao Brasil, mas ao mundo como um todo. "As exportações sempre caem no primeiro mês do ano, embora a expectativa é de que o Brasil tenha embarcado 260 mil toneladas de carne de frango, com uma disponibilidade interna em torno de 610 mil toneladas do produto", disse.
No cenário mundial, o retorno dos casos de influenza aviária na Tailândia, Indonésia e em outros países, como a Índia, indicam que a doença não perdeu tanta força como se pensava. A preocupação é tamanha que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) emitiu alerta sobre a detecção da doença em 15 países desde dezembro, o que mostra que o vírus H5N1, o mais virulento da doença, permanece como uma ameaça mundial que necessita de rigorosas e contínuas medidas de controle.