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Preço desvalorizado

Preço do quilo do frango vivo teve forte desvalorização em janeiro. Em São Paulo, o valor caiu R$ 0,20 desde o início do ano.

Redação (06/02/2008)- O balanço de janeiro indica um começo de ano bastante complicado para o mercado de frango vivo. Ao fechar na última quinta-feira (31/01) a R$ 1,45 em São Paulo, o quilo teve desvalorização de R$ 0,20 ou 13,79% desde o começo do ano. Em Minas Gerais, a desvalorização ao longo do mês foi ainda maior, de 33,3%, com o quilo vivo sendo negociado a R$ 1,35, frente os R$ 1,80 praticados no começo do mês.

 

O analista da Safras & Mercado, Eduardo Sarmento, afirma que a queda nos preços já era esperada para o mês, mas não em intensidade tão grande como a verificada em Minas Gerais. "Qualquer oferta a mais no mercado influencia os preços, especialmente no mercado mineiro, onde a demanda não é tão forte quanto em São Paulo", explica.

    

Uma das razões para uma oferta tão acentuada está relacionada aos alojamentos de pintos de corte de dezembro, que ficaram em 451,775 milhões de cabeças, o segundo maior volume produzido no ano, abaixo apenas das 463,4 milhões de cabeças produzidas em outubro de 2007. "Houve um incremento de 11,44% sobre os alojamentos de dezembro de 2006 e de 4,7% em relação a novembro último, segundo informações da Associação Brasileira de Pintos de Corte (Apinco), o que acabou influenciando o mercado interno no mês de janeiro e deve trazer algum reflexo em fevereiro também", explica.

 

A Apinco indica que ao longo de 2007, a produção brasileira foi de 5,152 bilhões de cabeças, o que representa uma elevação de 12,57% sobre as 4,576 bilhões de cabeças produzidas em 2006.

 

Sarmento destaca que a menor procura por frango em janeiro não se restringe apenas ao Brasil, mas ao mundo como um todo. "As exportações sempre caem no primeiro mês do ano, embora a expectativa é de que o Brasil tenha embarcado 260 mil toneladas de carne de frango, com uma disponibilidade interna em torno de 610 mil toneladas do produto", disse.

 

No cenário mundial, o retorno dos casos de influenza aviária na Tailândia, Indonésia e em outros países, como a Índia, indicam que a doença não perdeu tanta força como se pensava. A preocupação é tamanha que a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) emitiu alerta sobre a detecção da doença em 15 países desde dezembro, o que mostra que o vírus H5N1, o mais virulento da doença, permanece como uma ameaça mundial que necessita de rigorosas e contínuas medidas de controle.